sexta-feira, 10 de março de 2017

VENCER

Pedro descobriu (Mateus 14:28), aquilo que todos nós também já tivemos a oportunidade de descobrir na nossa caminhada com Deus: “Só porque se está a afundar, não quer dizer que já se tenha afogado.” E, nesta passagem, temos duas razões para nos lembrar disso:
Primeiro, falhar não faz de nós falhados! Desistir faz! Falhar é apenas uma parte da aprendizagem. Um dos homens que conseguiu escalar o Monte Evereste fez várias tentativas até conseguir realmente. Depois de várias tentativas, e na última, antes de conseguir finalmente, ele ficou na base da montanha, olhou para o alto dela, abanou o seu dedo em desafio e gritou: “Tu já não vais crescer, mas eu vou!” Ele aprendeu sempre algo em todas as tentativas que falhou, até que um dia conseguiu.
Segundo, os verdadeiros falhados foram aqueles que ficaram no barco! Eles falharam calmamente e em privado. O seu falhanço não foi notado nem criticado. Apesar de Pedro ter caído publicamente, ele experimentou a euforia de caminhar sobre as águas! Apenas ele sabia a sensação de receber o poder de Deus para fazer o que nunca conseguiria fazer sozinho. Depois de caminhar sobre as águas, tu e eu, nunca mais seremos os mesmos! Ele também passou pela experiência de ser levantado por Jesus num momento de desespero. Ele partilhou um momento, uma ligação, uma confiança que os outros não partilharam. E como poderiam se nunca deixaram o barco?
O falhanço não vem de nos estarmos a afundar, vem se deixarmos que os nossos medos nos parem e com isso afundar-nos!

É a coragem para continuar que conta!

quinta-feira, 9 de março de 2017

AMOR INCONDICIONAL

Por mais dolorosas que as relações por vezes possam ser, nós somos seres relacionais, criados à imagem de Deus para pertencer, para servir, para adorar e viver em comunidade. Somos chamados para ser as Suas mãos e pés e muitas vezes Deus toca a nossa vida através daqueles que nos rodeiam; relacionamentos são a alma da Igreja.
Se nós queremos amar como Jesus amou, se queremos que a nossa vida seja caracterizada pelo amor de uma forma que reflecte o coração de Deus para todos aqueles que nos relacionamos, devemos prestar atenção a como respondemos às pessoas que nos fazem sentir desconfortáveis (“Ouvistes o que foi dito: Amarás o teu próximo, e aborrecerás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem.” Mateus 5:43,44).
E estes que nos fazem sentir desconfortáveis são aqueles que são diferentes de nós de forma significativa; aqueles de quem não gostamos, não entendemos, e não desfrutamos nada da presença deles. As pessoas que possuem crenças diferentes e que praticam diferentes estilos de vida. Que se vestem de forma diferente do que é normal em sociedade, e que são culturalmente opostas a nós.
Embora existam muitas dimensões diferentes para o amor cristão, eu acredito que a capacidade de amar incondicionalmente é o que mais caracteriza a vida abundante que temos em Cristo.
Infelizmente que esta vontade de amar os outros incondicionalmente e a sua prática regular estão faltando significativamente da vida de muitos ditos crentes.
Dizemos que queremos amar os outros como Deus nos ama, mas muitas vezes acabamos escolhendo conforto e conveniência em vez de compaixão.
O nosso amor incondicional pelas pessoas, vai fazer que muitas encontrem Deus no meio de lugares e situações onde menos esperamos: Nas esquinas e nas ruelas, nos hospitais e nas prisões, orfanatos e tribunais.
No entanto, o amor necessário para amar aqueles que são diferentes de nós será sempre sobrenatural.
Quantas vezes vamos além da nossa zona de conforto para alcançar as pessoas com quem discordamos?
Estejamos dispostos a ser um vaso usado por Deus, e não apenas em relação às pessoas a quem amamos e concordamos, mas para as pessoas a quem achamos difíceis ou discordamos.

Vamos pedir a Deus que nos dê sabedoria e força para sermos como Cristo a cada pessoa que encontrarmos (“Porque para isto somos chamados; pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigamos as Suas pisadas. O qual não cometeu pecado, nem na Sua boca se achou engano.” 1Pedro 2:21,22).