terça-feira, 29 de setembro de 2009

CADA UM VEJA COMO EDIFICA

O edifício de Deus não é algo comum, é o santuário do Deus Santo, o templo no qual o Espírito Santo habita. Nós, os edificadores de tal templo santo, devemos ser cuidadosos para não edificar com materiais sem valor, tal como madeira, feno e palha, mas com ouro, prata e pedras preciosas (2Coríntios 3:10-13).
Madeira refere-se à nossa natureza, nossa constituição natural; feno diz respeito ao nosso ser, e palha aos nossos actos. Não devemos usar a nossa natureza, o nosso ser e os nossos actos para edificar a Igreja. Antes, devemos renunciar a todas essas coisas e rejeitá-las. Para uma edificação adequada necessitamos desfrutar e possuir a natureza de Deus o Pai, e a obra de redenção do Filho. Quando experimentamos o Pai e o Filho dessa maneira, estaremos no nosso espírito unidos ao Espírito de Deus. Espontaneamente o resultado será pedras preciosas. Se edificarmos com ouro, prata e pedras preciosas estaremos edificando com os materiais apropriados e em Cristo como o Único fundamento.
É comum vermos hoje os cristãos edificando com madeira, feno e palha. O resultado é que o Senhor não consegue ter a edificação adequada. Assim, não há como o Senhor voltar. Entretanto, um dia Ele voltará, e nesse dia os materiais preciosos serão, sem dúvida, em pequena quantidade. Mas haverá certamente uma grande quantidade de madeira e palha. Entre muitos dos cristãos hoje há uma abundância de coisas naturais, mas muito pouco de materiais condizentes com a edificação de Deus. Portanto, no tempo que o Senhor vier para testar a nossa obra, muitos sofrerão perda. Alguns entretanto, serão recompensados, pois edificaram com ouro, prata e pedras preciosas. Estes materiais preciosos são os produtos da nossa participação e desfrute de Cristo no nosso espírito, através do Espírito Santo!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

MAS UMA COISA FAÇO...

Em Filipenses 3:12-14, o Apóstolo Paulo está nos dando a sua filosofia de vida. Ele está permitindo que descubramos o segredo da sua vida e nos dizendo o que o fez o tipo de pessoa que foi. Conta-nos como viveu a sua vida em relação ao passadp, presente e futuro. Quanto ao passado, havia um esquecimento sábio: "...esquecendo-me das coisas que atrás ficam..."; quanto ao futuro, uma antecipação sábia: "...avançando para as que estão diante de mim..."; e no presente uma concentração perseverante: "...mas uma coisa faço..." E estas coisas são as que fazem sucesso em qualquer campo do esforço humano.
Há duas verdades distintas, mas paralelas nas quais cada crente precisa de ser firmado: A soberania de Deus, incluindo o Seu propósito eterno na graça e a responsabilidade do homem envolvendo o arrependimento e a fé, e boas obras. Negar qualquer uma delas vai levar inevitavelmente à paralisia espiritual e morte dos crentes.
Paulo certamente tinha estas convicções e elas explicam a sua humildade diante de Deus e o seu trabalho incansável pela salvação das pessoas.
Deus tem um objectivo ou propósito na nossa conversão. Precisamos de descobrir este objectivo e fazer dele também o nosso. Este objectivo para Paulo foi a perfeição; um carácter como o de Cristo e que agrada a Deus (Colossenses 1:28). Ele começou uma boa obra em nós com o propósito de tornar-nos iguais a Seu Filho. Para Paulo esta não foi uma aquisição para se vangloriar, mas uma meta a ser alcançada. Ele diz que mesmo sem ter atingido a perfeição, estava prosseguindo: "...para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus..."
A providência de Deus na nossa vida deve contribuir para a perfeição. Para isto toda a disciplina da vida é posta em funcionamento. Para isto experimentam-se alegrias e tristezas. Para isto acendem-se esperanças, medos e amores. Para isto fomos redimidos. Para isto Cristo viveu, sofreu e morreu. Deus quer nos fazer iguais a Ele. Ver e aceitar isto dará nobreza às nossas vidas. Como toda a nossa estimativa dos acontecimentos seria diferente, se mantivéssemos diante de nós que o propósito de Deus não é simplesmente o de nos fazer felizes e alegres, mas sim nos fazer iguais a Cristo! (1Coríntios 11:1; 1Tessalonicenses 1:6).
Todas as experiências do salvo são para contribuir para a perfeição futura e glória eterna (Romanos 8:28). Algumas plantas precisam de congelar para produzirem sabor; do mesmo modo os salvos precisam de tristezas e problemas para produzir neles graças e virtudes cristãs (Romanos 5:3). Paulo ia prosseguindo na sua luta pela perfeição e concentrava-se numa única coisa: "Mas uma coisa faço..."
Todas as ocupações legítimas na vida são consistentes com este único objectivo. Se estivermos comprometidos com qualquer tipo de negócio inconsistente com a luta pela santidade, é melhor desistirmos dele!
Não é fácil prosseguir na vida cristã. Deve haver concentração de todos os nossos poderes. Deve haver mira e alvo na nossa vida. Se quisermos cavar um buraco, iremos usar um instrumento bem amolado, não um cego. A concentração de esforços, tendo como objectivo a santidade cristã dará mira e alvo à nossa vida. A palavra dominante é: "Mas uma coisa faço...".

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

COMUNHÃO COM CRISTO

Frequentemente compreendemos, como diz Isaías, que os nossos pecados fazem separação entre nós e o Senhor. Mas, se formos sinceros, reconheceremos também que, mesmo quando confessamos cabalmente todos os nossos pecados, por vezes ainda podemos sentir que alguma distância, alguma barreira permanece entre nós e a glória maravilhosa do Senhor.
Quando o Senhor Jesus esteve na Terra, Ele foi visto no véu da carne, de modo que os Seus discípulos contemplavam aquele Verbo da vida, pois a vida se manifestara e estava à exposição diante dos seus olhos e ao alcance das suas mãos. Contudo, nenhum deles compreendia ou conseguia penetrar o mistério daquele Verbo da vida.
Ora, quantas vezes somos assim, e ainda piores que os doze galileus! Não apenas os nossos pecados podem fazer separação entre nós e Aquele que é a sabedoria de Deus, a saber, a nossa justificação, santificação e redenção, como até mesmo a nossa visão turva ainda pode separar-nos do Senhor que contemplamos!
Saibamos, porém, que em Cristo "o véu é retirado". Quando confessamos cabalmente ao Senhor a nossa visão nebulosa, quando nos esvaziamos de toda a justiça própria, então vemo-Lo face a face com os olhos do nosso coração.
Nesta Dispensação, Cristo, no Espírito, Se oferece à nossa visão, ao nosso olhar directo sem nenhum véu, até mesmo sem o véu da carne conforme havia entre Ele e os Seus discípulos por cerca de trinta e três anos aqui na Terra. Não necessitamos mais de permanecer com véu algum, ou qualquer outro obstáculo entre nós e o Senhor. No Espírito Santo, a glória divina é completamente desvendada a nós.
A mais rica realidade é desfrutarmos que nada há entre nós e o Senhor!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

EMBAIXADORES de CRISTO

O Apóstolo Paulo era um embaixador de Cristo (2Coríntios 5:20). Um embaixador é alguém que representa a mais alta autoridade do seu país noutro país.

A mais alta autoridade do Universo é Deus, e Deus tem dado toda a autoridade no Céu e na Terra a Cristo (Mateus 28:18). Deus designou o Senhor Jesus Cristo para ser o Rei dos reis, e o Senhor dos senhores (Apocalipse 17:14). Hoje o Senhor Jesus é o Senhor de todos, a mais alta autoridade. Para essa mais alta autoridade, que ascendeu ao Céu depois de ressuscitar e está agora à direita do Pai, há a necessidade de alguns embaixadores estarem prontos a representá-Lo aqui na Terra. O ministério desse embaixadores não é uma questão que se resume apenas a ser um pregador ou um mestre, mas ser alguém que está outorgado com a autoridade celestial para representar a mais alta autoridade em todo o Universo.

Podemos pensar que isto é demais para nós. Talvez pensemos que somos vasos frágeis demais para tal grande função. Mas não importa o que somos, mas o que Ele é! A mais alta autoridade é Cristo e nós os seus representantes. Como tal somos seus embaixadores.

Como um embaixador de Cristo, Paulo percebia que o tudo que estava dentro dele, tudo o que ele era e tudo o que tinha em seu homem natural era mortal. Algo que é sujeito à morte é mortal. A nossa sabedoria é mortal; a nossa habilidade é mortal. Tudo o que podemos fazer, tudo o que somos e tudo o que temos, morrerá. É por isso que não deveríamos ter qualquer confiança no que somos. Temos de perceber que somos seres mortais, mas Deus tem trabalhado dentro de nós algo que é eterno, algo que nunca morrerá, algo que permanecerá para sempre. Porque temos recebido do Senhor Jesus e Ele vive em nós, possuímos a Sua divina imortalidade.

É essa vida que nos qualifica e nos equipa para sermos os embaixadores de Cristo. Uma pessoa não é qualificada a ser um embaixador de Cristo pelo poder, por dons ou por conhecimento, mas pela vida de Cristo dentro dela. Precisamos de esquecer acerca de nós mesmos, desistir de tudo o que podemos fazer e de tudo o que somos e colocar a nossa confiança nessa vida imortal que é o próprio Deus em Cristo. Então podemos representar Deus nesta Terra, falando Dele às pessoas e trazendo-as a serem reconciliadas com Ele.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

UM CORAÇÃO QUENTE

Christmas Evans evangelizou grandes região do País de Gales até se ver diante de um pregador eloquente e instruído, que chefiava uma seita herética na ilha de Anglesey. Na luta contra o erro dessa seita, Evans começou a esfriar espiritualmente. Passados alguns anos, o seu zelo e espírito de oração haviam desaparecido.

Foi quando Evans dispôs-se arduamente de novo a buscar preenchimento interior do Espírito Santo. Ele próprio relata, nos seus escritos, que não suportava mais aquela sensação de um coração frio ao orar, ao estudar e até mesmo ao pregar. Conforme Evans buscasse foi, então, sendo-lhe de novo concedida uma vida cheia do Espírito Santo. Em várias ocasiões, ele tornou a sentir o seu gelo interior sendo queimado e uma alegria borbulhante transbordando-lhe do coração.

Assim foi que o País de Gales se viu novamente submetido pela Palavra de Deus. Justamente a partir da ilha de Anglesey, um "terramoto" percorreu todo o país. Tal foi o âmbito da penetração da Palavra, que a morte de Evans, em 1838, verificou-se um evento de solenidade nacional, chorado de norte a sul do país.

O exemplo de Evans ensina-nos como qté mesmo os mais fervorosos estão sujeitos a um esfriamento espiritual. Por bem pouco podemos perder a plenitude do Espírito, depois a alegria exultante e, por fim, até o gosto pela Palavra de Deus e pelos cultos ao Senhor. Tudo depende de onde estão os nossos olhos. Quando eles repousam em Cristo como o nosso alvo fixo, a ser buscado com toda a diligência, por nada, nada deste mundo perdemos a unção. Quando eles se fixam sobre as palavras dos adversários, contudo, é o nosso fracasso, todo o nosso zelo se vai. Tudo depende da atenção diligente; buscar determinadamente as coisas lá do alto leva-nos a ser cheios do Espírito lá do alto

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

ENCORAJADOS POR DEUS

Provavelmente, alguma vez já nos perguntámos porque temos tantos problemas na nossa vida. Temos problemas com o nosso cônjuge, com os nossos filhos, com o nosso trabalho e até com o nosso próprio corpo. Para sermos seguidores de Cristo, cheios das riquezas de Deus, é necessário trilharmos o caminho da cruz.

Na segunda carta aos Coríntios (1:1-4) o Apóstolo Paulo diz que nós consolamos aqueles que estão em aflição por meio da consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus. Se você nunca sofreu, nem foi encorajado por Deus, não será capaz de encorajar outros. As suas palavras de encorajamento serão vazias. Será como preencher um cheque de grande valor sem ter dinheiro no banco.

Sem sofrimento não há realidade, experiência, enfim, não há capital espiritual. Primeiro é necessário provarmos a cruz, pelo interesse do Senhor, e sermos consolados pelo próprio Senhor. Então teremos capital espiritual para encorajar os outros.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

FEITOS JUSTIÇA de DEUS

O ministério da Nova Aliança é um ministério do Espírito e da justiça. Esse ministério dispensa o Espírito da vida para dentro dos salvos resultando num estado que se chama justiça. Antes de sermos salvos, estávamos numa condição que era totalmente condenada por Deus. Nada era correcto, e Deus não podia justificar a condição em que estávamos. Mas após termos sido salvos, fomos justificados por Deus.

Deus, no entanto, deseja mais do que simplesmente ter um povo justificado. Ele quer pessoas, que, aos Seus olhos, aos olhos do maligno, dos anjos e dos demõnios, sejam a própria justiça de Deus (1Coríntios 5:21). Estar justificado diante de Deus é uma coisa, ser feito a própria justiça de Deus é uma outra coisa. O primeiro é um estado exterior, não muda a nossa natureza; mas, para sermos feitos a justiça de Deus, implica numa transformação do nosso velho ser por meio de uma infusão do próprio Deus justo.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

A VIDA DA RENÚNCIA

Os cristãos actualmente ouvem muito pouco a respeito da vida de renúncia. Mas o que é que isto significa exactamente? A vida de renúncia é o acto de devolver ao Senhor Jesus a vida que Ele nos concedeu. É abandonar o controle, os direitos, o poder, a direcção, tudo o que fazemos ou dizemos. É entregar totalmente a nossa vida nas Suas mãos, para que Ele a conduza como quiser.

O próprio Senhor Jesus viveu uma vida de renúncia (João 6:38; 8.50). Ele nunca fez algo de vontade própria. Ele nunca deu um passo, nem disse uma palavra, sem ser instruído (João 8:28,29). A submissão total do Senhor Jesus é um exemplo de como todos nós deveríamos viver. Podemos dizer: "O Senhor Jesus era Deus na forma humana. A Sua vida estava entregue antes mesmo de vir à Terra." Mas a vida de renúncia não é imposta a ninguém, incluindo o Senhor Jesus.

Cristo veio ao mundo, não para viver como Deus, mas como ser humano igual a nós. Ele viveu a vida do mesmo modo que nós. E, como nós, tinha vontade própria. Ele optou por entregar esta vontade totalmente ao Pai (João 10:17,18).

Deus dá-nos a todos nós este mesmo direito: O privilégio de escolhermos uma vida de renúncia. Ninguém é obrigado a abrir mão da sua vida para Deus. O nosso Deus não nos faz sacrificar a nossa vontade, devolvendo-lhe a nossa vida. Ele nos oferece livremente uma "terra prometida", cheia de leite e mel, mas podemos optar por não entrar neste lugar de plenitude. A verdade é que podemos ter tanto de Cristo quanto quisermos. Podemos nos aprofundar nEle o quanto optarmos, vivendo plenamente segundo a Sua Palavra e direcção.

Se tomarmos o caminho da renúncia, da submissão completa, sofreremos mais do que o cristão mediano. Mas esse sofrimento poderá eventualmente ser um grande conforto para outros (2Coríntios 1:3-6). Paulo está falando de sofrimentos que são permitidos pelo Senhor. Ele permite estas dores nas nossas vidas para nos tornar testemunhas da Sua fidelidade, diante dos outros. Ele quer confirmar que é o "Deus de toda a consolação" (vs3). O objectivo do nosso sofrimento não é apenas nos levar a uma completa entrega à Sua vontade. Também é para "vossa (dos outros) consolação e salvação" (vs6). Resumindo: Os maiores ministérios de consolação são fruto dos nossos maiores sofrimentos.

Paulo não tinha outra ambição, outra força que o impulsionava na vida, do que esta: "Que possa ganhar a Cristo" (Filipenses 3:8).

Pelos padrões actuais de sucesso, Paulo foi um fracasso total. Ele não construiu nenhum templo. Ele não tinha uma organização por trás dele. E os métodos que ele usava eram desprezados por outros líderes. Na verdade, a mensagem que Paulo pregava ofendia muitos dos seus ouvintes. Até foi apedrejado por isso. O seu assunto: A cruz!

Esta é absolutamente a questão: Quando chegarmos juntos de Deus, não seremos julgados segundo os nossos ministérios, o que fizemos ou o número de convertidos pela nossa pregação. Haverá apenas uma medida para o sucesso neste dia: "Os nossos corações estavam totalmente entregues a Deus? Pusemos de lado as nossas próprias vontades, para aceitar as dEle? Sucumbimos à pressão dos outros e seguimos a multidão, ou buscámos apenas a Sua vontade para nos guiar?"

O mundo hoje poderia dizer a Paulo: "Estás no fim da vida. Não tens economias, nem investimentos. Tudo o que tens é uma muda de roupa." Eu sei qual seria a resposta de Paulo: "É verdade, mas ganhei a Cristo!"

Que os nossos corações possam ser também assim, enquanto buscamos a vida de renúncia.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

A PRECIOSIDADE DE SE POSSUIR CRISTO

Mateus diz que o Senhor Jesus falou às multidões através de parábolas (Mateus 13:34,35).

Para vários cristãos de hoje em dia, as parábolas soam muito simples. Contudo, segundo o Senhor Jesus, cada parábola contém um incrível segredo. Há uma verdade relacionada ao reino de Deus que está oculta em todas as parábolas que o Senhor contou.

Mas penso em paticular em duas parábolas que o Senhor Jesus contou aos Seus discípulos. Na minha opinião, tais parábolas contêm algumas das verdades mais profundas das quais qualquer crente salvo pode apropriar-se.

Na verdade, a imagem desesperada destes dois homens, o que cava o chão e o negociante obstinado, deixa claro o significado que o Senhor quer trazer: Os segredos de Deus devem ser desejados mais do que tudo na vida!

A Bíblia afirma claramente que há segredos no Senhor (Provérbios 3:32). Tais segredos têm estado desconhecidos desde a fundação do mundo. Mas Mateus diz que estão embutidos ou enterrados nas parábolas do Senhor Jesus. Tais verdades ocultas têm poder para libertar verdadeiramente os cristãos.

Na parábola do semeador (Mateus 13:19-23), o Senhor Jesus adverte que nem todo aquele que O confessa prosseguirá na fé. Segundo a parábola, umas sementes (o evangelho) cairão sobre solo bom. Estas sementes formarão raiz, crescerão e produzirão frutos. Mas outras sementes cairão em solo pedregoso e secarão antes de formarem raízes. E outras sementes cairão sobre terreno cheio de espinhos e satanás rapidamente as roubará.

Foi por isso que o Senhor Jesus convocou uma sessão particular com o Seu círculo particular de desicípulos (Mateus 13:36). Ele quis abrir os olhos dos Seus seguidores para os significados mais profundos das parábolas. Ele sabia que eles necessitariam da verdade que os sustentaria durante os tempos mais difíceis.

Nessa reunião particular, Cristo falou de duas parábolas, uma sobre o tesouro no campo e a pérola de grande preço. Estas duas parábolas só têm três versículos da Bíblia. Contudo, embutidos nelas estão segredos do Senhor, os quais Ele disse que estavam ocultos desde a fundação do mundo (Mateus 13:35).

Eu pergunto: Quem está disposto a trabalhar arduamente para descobrir esses segredos? Quem esperará pacientemente que o Senhor lhes revele os Seus segredos? Quem se demorará com o Espírito Santo o tempo suficiente para se apropriar das Suas verdades doadoras de vida?

Estas duas parábolas, na minha opinião, tratam da Preciosidade de se possuir Cristo.

Muitos cristãos passam pela vida satisfeitos apenas com uma fé suficiente para prosseguir. Desejam apenas o suficiente do Senhor para chegar aos céus. Eles podem procurar algumas verdades práticas das parábolas, mas jamais acham a verdade produtora de vida, que está enterrada profundamente nelas. Em comparação, estas duas parábolas nos dizem que a preciosa verdade de Cristo é encontrada só por cristãos famintos e consagrados. Os que O seguem de todo o coração terão os olhos abertos totalmente aos segredos da vida abundante.

Na primeira parábola (Mateus 13:44) que tesouro é que aquele homem procura? É a incrível descoberta de que Cristo é tudo aquilo que ele necessita. O seu tesouro é saber que toda a alegria, toda a orientação e propósito, e em verdade as próprias riquezas dos céus , são dele em Jesus (2Coríntios 4:6,7). Não importa quais são as lutas e provações lançadas contra ele. Ele sabe que em Cristo lhe foram concedidos todos os recursos (1Coríntios 15:57). O Senhor Jesus é para ele tudo em todos os sentidos!

A segunda parábola fala de uma pérola de grande valor(Mateus 13:45,46). Sabemos que o Senhor Jesus é a pérola de grande valor. Ele é caríssimo, de valor incalculável, pois o negociante da parábola vende tudo para adquiri-la. Mas a pergunta que se pode fazer é: Quem era o proprietário original desta pérola de grande valor? E porque estaria querendo desfazer-se dela? Obviamente, a pérola pertencia ao Pai. Ele possuía Cristo. Em verdade, o Senhor Jesus é a posse mais valiosa e rica do Pai (1Pedro 2:4).

Só uma coisa levaria o Pai a abrir mão desta pérola de grande valor. Ele o fez por amor. Ele e o Filho haviam feito um acordo antes da criação do mundo. E, nesse acordo, o Pai concordou em se desfazer do Filho. Ele o deu como sacrifício, com o propósito de remir a Humanidade (João 3:16). O Apóstolo Pedro fala do alto preço dessa preciosa doacção (1Pedro 1:18). No entanto, quando os principais dos sacerdotes examinaram essa pérola, O avaliaram por meras trintas moedas de prata (Mateus 27:9). Pensemos nisto: O Deus do Universo havia tornado a Sua preciosa pérola acessível a todos. Contudo, tais homens colocaram pouco ou nenhum valor nEle. Alguns até o acharam de falso (João 6:42).

Deus deve sofrer hoje ao ver o quanto o Seu povo desvaloriza essa pérola sem preço. Para alguns, Cristo não é mais que uma peça de museu; Ele está colocado debaixo de um vidro, indisponível para ser tocado. As pessoas O visitam uma vez por semana para admirá-Lo ou louvá-Lo. Elas olham a Sua cruz e dizem: "Que beleza. Que glória". Mas nunca possuem a pérola. Não negociam com o proprietário, determinadas a possuírem-na a qualquer custo. Deus planeia que a Sua pérola seja achada!

Ainda estamos no processo de vender tudo o que temos. Ainda podemos dar ao Pai todo o nosso tempo, os nossos pensamentos, a nossa vontade, os meus planos, etc. Negoceio isso para comprar água viva, o pão da vida, o leite e o mel da alegria e da paz. E estou fazendo tudo isso sem dinheiro. O custo para mim é o amor, a minha confiança, a minha fé na Sua Palavra.

Abro mão dos meus trapos de imundícia da auto-suficiência e das boas obras; deixo de lado os meus sapatos velhos dos esforços; deixo para trás as noites sem sono nas ruas da dúvida e do medo. E em troca sou adoptado por um Rei!

É isso que acontece quando se busca a pérola. O Senhor oferece tudo o que Ele é. Ele traz paz, alegria, propósito, santidade. E se torna o nosso tudo: O nosso despertar, o nosso dormir, a nossa manhã, tarde e noite!

Então, quanto vale Ele para si?

HÁ TANTAS INTERPRETAÇÕES DA BÍBLIA, EM QUAL DEVO CRER?

Uma das queixas mais frequentes entre os que têm a Bíblia como o seu livro de referência é que cada um tem uma interpretação diferente da Bíblia. Pelo facto de muitos chegarem a diferentes conclusões quando lêem a Bíblia, supõe-se que não há meio de se chegar a um consenso. As pessoas apontam para as muitas denominações como um exemplo de que não pode haver unanimidade de interpretação entre os que crêem na Bíblia.

Essa idéia não leva certos factos em consideração. A grande maioria dos leitores da Bíblia não tem problema em concordar com os ensinamentos centrais da Bíblia. Mesmo os que não crêem ser a tradução verdadeira não têm dificuldade em perceber a sua mensagem central.

Em todos os ramos do Cristianismo, encontramos a mesma compreensão básica do que a Bíblia ensina. Normalmente aceitam os mesmos credos que afirmam verdades básicas, tais como: Deus fez o homem à Sua imagem, com liberdade de escolha, e que o homem escolheu revoltar-se contra Deus, introduzindo, assim, o pecado no mundo.

Deus, por causa do Seu eterno amor, fez-se homem na Pessoa do Senhor Jesus Cristo e morreu em nosso lugar, pagando a pena do pecado. A Humanidade, pode assim, ter o seu relacionamento com Deus restaurado, bastando para isso aceitar o Senhor Jesus como Único e Suficiente Salvador.

A mensagem da Bíblia é clara para aqueles que a lêem e procuram descobrir o seu significado. O problema surge quando as pessoas levam para a Bíblia os seus preconceitos e procuram adequar a Palavra às suas idéias preconceituosas. Isto não é falha da Bíblia, mas das pessoas que forçam a Bíblia a dizer tudo o que elas querem que ela diga.

Com relação às várias denominações é preciso acentuar que elas não se formam por causa de divergências sobre os ensinamentos centrais do Cristianismo. As diferenças são a resultante de uma variedade de factores incluindo culturais, étnicos e sociais. Comparadas de perto entre si, as diferenças doutrinárias nem sempre são o mais importante.

Algumas pessoas usam este argumento como desculpa para não crer em Jesus, mas este, como os demais, não prova ser válido. Muitas vezes a discórdia não está tanto na interpretação das Escrituras, mas na sua aplicação!

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

LENTES PARA OS OLHOS

Havia um estudante que sempre trocava a lição da escola, quando a lia sem óculos. Descuidado e desatento por natureza, o rapaz lia as palavras e letras trocadas pela falta das lentes, de modo que, quando a professora ia tomar-lhe a lição, recebia tudo confuso e fora de ordem.

O mesmo estudante, porém, quando se dava ao trabalho de pôr as lentes para ler, saía-se admiravelmente bem na hora da chamada oral. Tudo era uma questão de usar ou não os óculos.

Ora, alguém disse que as Escrituras são como lentes de excepcional precisão que Deus proveu a fim de corrigir a nossa visão defeituosa. A revelação que a natureza ministra e a razão natural apreende, embora importante, está sujeita a desvios por causa da fabilidade do nosso entendimento. Daí necessitarmos desesperadamente da correcção da Bíblia. Não é o caso de rejeitarmos o que com a razão natural podemos compreender, mas sim de o submetermos ao juízo retificador da Bíblia. Não precisamos de deitar fora os nossos olhos, mas pôr sobre eles lentes de precisão que corrijam as suas distorções.

Reconheçamos a grande verdade de que a nossa razão é fraquíssima e insuficiente; oremos para que o Espírito da verdade nos ilumine o entendimento e aproximemo-nos da Bíblia a cada dia, e então Deus nos revelará os tesouros da Sua Palavra.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

UM LIVRO INDISPENSÁVEL

Alguém disse: "A Bíblia tem sido a Carta Magna de Deus para os homens. A raça humana não está em condições de dispensá-la."

Impressão profunda e correcta! Eis realmente de todo um livro indispensável. Estatísticas feitas em grandes centros urbanos revelam que mais de noventa por cento das pessoas de hoje creem em Deus, e que a Bíblia é o livro mais lido por todos. Dois séculos de pregação materialista, de certo mesmo, apenas provaram uma coisa: Que a Bíblia é um livro de todo indispensável para as pessoas.

A frase acima citada, não é de um crente, mas de Thomas Huxley, o famoso cientista defensor do Darwinismo nos primórdios deste. Sem dúvida, um livro que até os seus opositores consideram indispensável e a Carta Magna de toda a Humanidade, é um repositório de maravilhosos tesouros, muito acima do que os seus opositores escreveram.

Talvez nem mesmo os cristãos avaliem adequadamente toda a importância da Bíblia. Abrir este livro é o início de toda a benção. Quanto mais o fazemos, e com quanto mais fervor o fazemos, mais e mais colhemos o presente supremo do próprio Deus. Talvez não haveria civilização hoje sem o amor à Bíblia. Mas o mais importante de tudo é que esse livro nos revela Deus mesmo. O maravilhoso da Bíblia é transmitir não só a letra do que revela, mas até mesmo o Espírito que a inspirou. Aproximar-se dela é ser cheio; lê-la é sentir uma plenitude borbulhando no interior. Conhecê-la de verdade não enche a nossa cabeça, mas a nossa alma de uma vida impressionante e sem igual!

terça-feira, 8 de setembro de 2009

A NOSSA FÉ VAI PASSAR PELO FOGO

INTRODUÇÃO

Satanás tem enviado um ataque poderoso na fé dos escolhidos. Isso se tornará mais quente e mais intenso nos últimos dias (1Timóteo 1:18,19; 1Pedro 1:6,7). Devemos lutar para manter a nossa fé. Não podemos ceder quando vier o ardente teste, ou isso nos levará certamente ao naufrágio.

1. FÉ NÃO É AUSÊNCIA DE AFLIÇÃO e SOFRIMENTO

Não é expressão de dúvida chorar ou ser esmagado por um problema. Nós negamos os nossos sentimentos, e tentamos apagar todos os pensamentos de aflição. Alguns cerram os dentes, respiram fundo e permanecem imóveis, imperturbáveis, e dizem com um sorriso: "O meu coração está tranquilo; eu creio; estou bem, está tudo bem, etc." Mas com o passar do tempo os seus corações os condenam, porque na realidade estão pesados e aflitos. Aflição e dúvida não são a mesma coisa. Dúvida é a crença ou o medo de que a aflição vencerá, que irá esmagar e destruir, que a provação o derrubará.

Fé é o meio pelo qual nos livramos da aflição. É a firme crença de que o "tempo" de pesar ou da tentação não nos irá ferir. A fé descansa na promessa de que Deus dará o escape.

A aflição pode cair subitamente sobre nós na forma de imprevisíveis ataques demoníacos, tempestades que agitam as ondas e batem no meu barco, provocando um período de peso no coração, ou momentos de pânico. Mas olhando para o Senhor Jesus a fé diz: "Eu não estou em perigo porque Ele está comigo no barco!".

2- A FÉ NÃO SE PODE DIVORCIAR DO ETERNO PROPÓSITO de DEUS

Desde o início Deus tem procurado um povo que Ele pudesse trazer para o Seu descanso, para a plenitude em Jesus (Hebreus 4:8,9). O que Deus prometeu, na maioria das vezes, ainda não foi reclamado.

O propósito de Deus não é simplesmente livrar as pessoas dos seus pecados e tirá-las do "Egipto", nem testar a sua lealdade no deserto. Isso não é nem a metade. Deus está interessado em muito mais do que livrar-nos de alguma crise actual. Há uma glória maior! O propósito eterno de Deus é trazer ao Seu Filho Jesus Cristo um povo que O considere como sendo tudo aquilo que alguma vez necessitarão. Ele deve ser o fim da fé. Ele é um Pai amoroso e não nos deixará sofrer além do que possamos suportar, mas dará o escape; mas isso não é suficiente! Simplesmente escapar das provações não é triunfar na fé.

Muitos de nós temos sido livrados várias vezes dos perigos, dos problemas, mas estamos "fora" do descanso. Nós não temos aprendido de como descansar em Jesus porque falhamos em ver o propósito eterno de Deus nessas coisas pelas quais passamos. As nossas lutas não são acidentes, elas são permitidas por Deus porque Ele está tentando produzir algo em nós. Ele tem um plano e um propósito para nos levar a algum lugar.

Quando caímos em provações ou problemas, a nossa reacção é: "Ai! devo ter entristecido Deus. Eu fiz alguma coisa errada e agora estou pagando pelo pecado ou falha cometida, seja ela qual for." No entanto, mais importante do que o motivo pelo qual veio a provação, é como reagimos a ela. Os gigantes da Terra Prometida não eram resultado do pecado de Israel. Eles eram oportunidades para se contemplar o poder de Deus sobre os inimigos. Muitas das nossas aflições não são resultado de pecado, mas, como os gigantes, são poderes opositores para nos conservar fora do lugar de descanso em Cristo..

Todas as riquezas estão em Cristo Jesus. N'Ele reside toda a plenitude da Divindade (Colossenses 1:19) e nós quando entramos verdadeiramente em Cristo, descobrimos verdadeiras riquezas. Nós perdemos totalmente o fio da meada se pensamos que a herança de Israel era só terra, propriedades, etc. Era muito mais. O Senhor mesmo devia ser a herança deles (Deuteronômio 10:9).

Deus os trouxe a lugar onde teriam oportunidade para viver inteiramente consagrados ao Senhor, sem necessitarem de outra fonte para suprir as suas necessidades. Era um lugar onde Deus poderia revelar-se como o Todo Suficiente. Esse ainda é o propósito de Deus para nós: Fazer-nos ingressar em Jesus e a uma total dependência d'Ele, sem nenhuma confiança firmada na carne.

Há literalmente hoje milhões de cristãos exactamente neste lugar. Deus os tem trazido a um lugar de decisão, chamando-os para um caminhar mais profundo, um andar de fé completa, deixando para trás a morte do deserto. É uma chamada para a obediência, devoção e dependência, através da submissão ao Senhor. São aqueles cuja fé suporta o fogo. São aqueles que se mantêm firmes quando o quadro é desesperador. O Senhor tem um povo que confia n'Ele no meio do fogo, e que o glorifica quando é testado!

TODA A NOSSA SALVAÇÃO

Simeão era um homem justo e piedoso, que esperava a consolação de Israel. O Espírito Santo havia-lhe revelado que não haveria de morrer, sem que antes visse o Cristo prometido (Lucas 2:26).

Certa vez, movido pelo Espírito Santo, foi ao templo. Naqueles dias, o Senhor Jesus estava sendo levado pelos seus pais para ser apresentado perante o Senhor, segundo o mandamento na Lei de Moisés.

Ao ver o menino, Simeão tomou-O nos braços e louvou a Deus, dizendo:

"Agora, Senhor, despedes em paz o teu servo, segundo a Tua palavra, pois já os meus olhos viram a Tua salvação." (Lucas 2:29,30).

De facto, aquele frágil menino que Simeão tomou nos braços, é tudo o que podemos almejar, ou seja, o próprio Deus. Vê-Lo, abraçá-Lo, justifica toda a nossa existência. Para nada mais existimos, senão para Ele, para vê-Lo e estar com Ele. Como Simeão disse, os seus olhos viram não somente o Salvador prometido, mas toda a salvação do nosso Deus!

Tudo o que precisamos está nessa Pessoa. Ele é a totalidade da salvação que almejamos. Que mais podemos querer, se já O temos visto? De que valerá esta nossa vida, se não for para O encontrarmos e envolvê-Lo em nossos braços? Este abraço é o sentido de toda a nossa existência. O valor da nossa vida não é ela própria, mas Ele! Que são estes breves anos, se não for para nos levarem a tão maravilhoso encontro com o Cristo prometido de Deus? Apenas Ele vivendo em nós dá sentido à nossa existência.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

NENHUM SACRIFÍCIO

Há quase duzentos anos, Frederico III, rei da Prússia, decretou que todas as mulheres do seu reino oferecem-se as suas jóias de ouro e prata, a fim de sanear as finanças da nação, bastante próximas do colapso. Em troca das suas jóias, cada ofertante receberia uma barra de ferro com a seguinte inscrição: "Dei ouro por ferro - 1813".

Logo se tornou alta honra, na Prússia, ter uma destas barras de ferro. Tratava-se de um sinal da mais nobre dignidade cívica: receber ferro por ouro, dar ouro por ferro para o bem da nação.

Ora, quão mais inestimável, quão mais insondavelmente valioso do que a dignidade cívica é o privilégio de darmos a vida pelo reino de Deus. Nenhum acto é mais nobre, nenhuma dignidade é mais elevada do que esta. Se a pátria, a nação, é digna de tão grandes sacrifícios, quanto mais merecedor será Aquele de quem se diz: "Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder; porque tu criaste todas as coisas, e por tua vontade são e foram criadas." (Apocalipse 4:11).

Nenhum sacrifíco fazemos em oferecer-nos a nós mesmos Àquele que é infinitamente, digno de toda a glória do Universo!

domingo, 6 de setembro de 2009

PARA LHE SER AGRADÁVEL

Além do desejo de ser arrebatados, precisamos de ter um desejo de agradar ao Senhor, vivendo para Ele. Aos Gálatas Paulo diz: "Porque eu pela lei estou morto para a lei, para viver para Deus." (2:19). Paulo esteve sob a Lei, dirigido pela Lei, governado por ela e tendo a responsabilidade de cumpri-la. Essa é realmente a vida dos que vivem para a Lei. Por outro lado, viver para o Senhor, é estar sob a Sua direcção, é querer satisfazer a Sua vontade e cumprir o que Ele pretende. É querer ser agradável a Ele.

Muitas pessoas que trabalham nas empresas, vivem para elas. Por desejarem ganhar promoções, em tudo o que fazem procuram agradar ao seu chefe, pois o que lhes interessa é saber o que pensam delas.

Paulo não vivia para si mesmo ou para algo, além do seu Senhor. Ele estava sempre pronto a fazer o que agradasse ao Senhor Jesus. Ele era muito diferente dos fariseus que viviam para a Lei e faziam tudo tendo em vista a Lei.

Como alguém maduro e pronto para o arrebatamento, a única meta de Paulo era agradar a Cristo, Aquele a quem ele estava esperando. Ele pensava em agradar-Lhe, não apenas fazendo uma obra, mas vivendo para ELe em todos os aspectos do seu viver diário.

Semelhantemente, hoje não deveríamos buscar agradar-nos a nós mesmos, mas agradar ao Senhor vivendo para Ele. Tudo o que fazemos deve ser para o Senhor!

sábado, 5 de setembro de 2009

APARÊNCIA e REALIDADE

Oliver Cromwell, famoso estadista inglês do século XIX, era um homem de idéias bastante avançadas para a sua época em numerosos assuntos. Uma vez, visitando um templo anglicano, fixou o seu olhar em doze estátutas de prata postas em lugar de destaque.

"Que são estas estátuas?" perguntou. Com voz trémula, devido ao assombro que lhe causava a reputação puritana do nobre estadista, o sacerdote que o acompanhava respondeu:

"São os doze Apóstolos..."

"Os doze Apóstolos", respondeu Cromwell, "iam por toda a parte ensinando e praticando a palavra que receberam do Senhor Jesus. Creio que eles sentir-se-iam muito mais honrados se fundíssimos a prata destes objectos, fizéssemos com ela moedas e comprássemos de comer para os pobres. Assim se faça com estas doze estátutas", ordenou Cromwell.

Na nossa vida, como no espisódio acima descrito, corremos o risco de manter a aparência da doutrina dos Apóstolos, sem ter a sua realidade. Temos "estátuas" que aparentam os Apóstolos, mas carecemos da experiência e do exemplo das suas vidas. Particularmente com o passar do tempo, o ser humano tem uma tendência de manter muitíssimo bem a aparência, mas de perder a realidade e a essência. Quão perito é o ser humano em manter o exterior, mesmo sem ter o interior! O início da nossa cura está em reconhecer que somente temos tido a aparência, e deitar fora todas as nossas desculpas e explicações de que, por estas e estas razões, temos estado "um pouquinho mais frios interiormente." A graça e a realidade de Cristo serão prontamente nossas se reconhecermos a nossa verdadeira situação.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

CARREGAMENTO

A viagem ia ser difícil devido ao mau tempo, mas o dono daquele navio teimava em ordenar que não se rejeitasse qualquer encomenda de transporte de carga para a próxima travessia.

"Aceitem todas as encomendas", dizia o homem. "Carreguem todos os volumes que aparecerem."

Na verdade, aquele homem ambicionava tanto o dinheiro que ganhava no transporte de cargas, que não pensava sequer na segurança da viagem. Resultado: Durante uma travessia, o seu navio, abarrotado de carga, afundou-se, e toda a carga com ele. O homem ficou arruinado; para pagar as indemnizações teve de dar tudo o que possuía!

O amor ao dinheiro, a desmedida ambição por bens da Terra, sempre anunciam grandes desgraças. Desejar mais do que suficiente para viver é como querer carregar o navio com mais do que a sua capacidade.

Muito embora Deus nos possa dar mais do que necessário à nossa subsistência, como deu a Abraão, é fundamental que o coração esteja sempre contente apenas com o bastante para comer, beber, vestir-se, etc. ambicionar muito mais é ultrapassar a nossa capacidade. O coração humano não é capaz de ambicionar desmedidamente e ainda assim manter-se íntegro.

Nenhuma fé é verdadeira e prática, se não passou pelo teste da atitude do coração quanto às riquezas. Na verdade, é surpreendente como algo tão material como as riquezas, pode pôr à prova algo tão espiritual como a fé de alguém. Contudo, nada é como o dinheiro para revelar os desejos do coração ("Porque onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração." Mateus 6:21)

Que Deus nos faça Seus servidores.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

O CAMINHO DA BENÇÃO

O Espírito Santo não pára de trabalhar; um episódio após outro, uma coisa após outra chegam a nós. Toda a obra disciplinadora do Espírito Santo não tem outro propósito senão a quebra do nosso "homem exterior", para que o "homem interior" seja renovado. Porém, aqui está a nossa dificuldade. Aborrecemos-nos por coisas mínimas, murmuramos por pequenas perdas. O Senhor está preparando uma maneira de usar-nos, contudo, mal a Sua mão nos toca, já nos sentimos infelizes, a ponto de contendermos com Deus e de tornarmo-nos negativos em nossa atitude. Desde que fomos salvos, temos sido tocados muitas vezes e de várias maneiras pelo Senhor; todas com o propósito de quebrar o nosso "homem exterior". Se estamos cientes desse facto ou não, o propósito do Senhor é um só. "Destruir esse homem exterior".

Portanto, o tesouro está no vaso de barro, mas se o vaso de barro não é quebrado quem pode ver o tesouro lá dentro? Qual o objectivo final do Senhor na nossa vida? É quebrar esse vaso de barro, quebrar o nosso vaso de alabastro. O Senhor anseia por achar um modo de abençoar o mundo por meio daqueles que lhe pertencem. Quebrantamento é o caminho da benção, o caminho da fragância, é o caminho da frutificação. Quando nos oeferecemos ao Senhor para servi-Lo, não podemos permitir ser indulgentes para poupar-nos. Devemos permitir que o Senhor quebre completamente o nosso homem exterior, para que Ele possa achar uma caminho para a Sua obra externa.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

A BOA PARTE

Indo o Senhor Jesus de caminho, entrou numa aldeia. Marta, que ali residia, hospedou-O logo em sua casa, onde Maria se pôs assentada aos pés do Senhor, a ouvir os ensinamentos, enquanto Maria se desdobrava de um lado para o outro, ocupada com os serviços domésticos.

A uma certa altura, Marta veio dizer ao Senhor:

"Não te importas de que a minha irmã tenha deixado que eu sirva sozinha? Diz que venha ajudar-me"

As suas razões eram justas. As duas hospedavam alguém e só uma se atarefava enquanto a outra descansava. Assim somos nós, por vezes, diante do Senhor: Certíssimos, mas ocupados demais para ficarmos com Ele.

"Marta! Marta! Andas inquieta e preocupas-te com muita coisa. Entretanto, uma só coisa é necessária. Maria escolheu a boa parte", respondeu-lhe o Senhor.

A questão não é se estamos certos, é se escolhemos a boa parte. Que importa estar certo, se se está longe do Salvador? Ele próprio é a boa parte do Novo Testamento. Que vale mais do que Ele? Servi-Lo na cozinha enquanto Ele está na sala é a mais lastimável perda. Não se ouve sequer uma palavra de Maria nesta passagem; não se menciona qualquer acto seu senão apenas um: que esteve aos pés do Senhor. De todas as pessoas daquele lugar, muitos viram a Cristo e tiveram o desfrute de uma parte; vários conversaram com Ele e desfrutaram parte ainda melhor; Marta teve por parte receber em sua casa o Senhor; porém Maria, tão-só esteve assentada aos pés do Amado de Deus. Podemos ter "parte" em Cristo sem termos a "boa parte" do Seu desfrute!

terça-feira, 1 de setembro de 2009

TOSTÃO SOBRE O MILHÃO

Havia um homem pobre, que passava a vida a mendigar. Sentado sempre no mesmo lugar, sobre uma enorme pedra, não se via aquele velhinho senão de braço estendido, a pedir. A sua vida fora passada assim: um pouco a mendigar, outro pouco a recolher um tostão aqui e ali.

Morrendo o homem, qual não foi surpresa das pessoas que o conheciam, ao descobrirem que debaixo da pedra onde se sentava, havia uma imensa fortuna enterrada por alguém! O pobre homem passara a vida a mendigar tostões sentado sobre milhões!

Nós, cristãos, corremos o risco de fazer o papel desse mendigo. Talvez passemos a vida, anos ou horas na mais degradante miséria espiritual "sentados" sobre um tesouro de bençãos. Porque é que os cristãos ouvem falar de tanta abundância espiritual e por vezes vivem secos e aflitos? Porque não sabem que podem desfrutar o tesouro naquele exacto momento. O nosso tesouro não está para vir; já o temos em nossos vasos de barro (2Coríntios 4:7). O Senhor veio para que tivéssemos vida em abundância, para que os rios de água viva fluíssem do nosso interior.

Busquemos o tesouro. Uma vista de olhos ao redor, uma pequena escavação, e pronto, já encontramos imensa riqueza. Por vezes, apenas a disposição de acordar alguns minutos mais cedo a fim de orar é o que nos falta para achar um grande tesouro.