sábado, 29 de julho de 2023

DISCÍPULOS

        “Um discípulo é uma pessoa que decidiu que a coisa mais importante na sua vida é aprender a fazer o que Jesus disse para fazer”. Outra definição pode ser: “Discípulo é mais do que saber o que o professor sabe. É ser o que ele é.”

          Os Evangelhos revelam um grupo desorganizado de seguidores de Jesus cercado de brigas internas e orgulho mesquinho. Esses guerreiros imperfeitos tornaram-se os Apóstolos que viraram o mundo de cabeça para baixo. Os primeiros crentes demonstraram que estavam à altura da tarefa - não porque agiram juntos, mas porque a vida do Senhor Jesus foi plantada neles como uma semente imperecível (“Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela Palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre.” 1Pedro 1:23 ).  Muitos cristãos hoje pensam que ser um discípulo é algo reservado para “super-santos”. Eles foram levados a acreditar que existe uma diferença entre ser cristão e ser discípulo. Mas Atos 11:26 revela que os primeiros discípulos eram tão semelhantes a Cristo que os outros começaram a chamá-los de “cristãos”! (“…e em Antioquia foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos.” A semente cresceria dentro deles de pelo menos quatro maneiras. Podemos aprender a resposta para o tema deste estudo: “Discípulos?", olhando para a transformação dos primeiros seguidores de Jesus, e que, obviamente, também é para hoje!

1. Transformados pelo novo nascimento

          Os primeiros discípulos foram transformados pelo novo nascimento. Eles realmente eram uma nova criação. O ADN do céu alterou o seu próprio ser. Antes tímidos, egocêntricos, da classe trabalhadora, eles tornaram-se pessoas que levaram esperança a milhares de pessoas no tempo do império romano, assim como o seu Mestre havia feito. Muitos ditos cristãos, hoje, experimentam pouca ou nenhuma mudança, por isso pouco podem fazer para que os outros mudem! Mas se o poder de Deus pode assegurar o nosso destino eterno, não deveria ser capaz de impactar os nossos pensamentos e ações aqui e agora? Este era o registo da Igreja primitiva.

2. Transformados pela graça

          A maioria dos cristãos vê a graça como uma barganha repetível para a limpeza do pecado. Eles se veem repetindo o ciclo pecado-perdão-pecado indefinidamente porque perderam a graça transformadora de Deus. A graça de Deus é uma capacitação prática para o discipulado. Tito 2: 11,12 nos diz que a graça não apenas salva, mas também nos transforma ao nos ensinar uma nova maneira de viver (“Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens. Ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa e piamente.”

3. Transformados no caráter

          Os primeiros discípulos viram-se transformados em caráter. Eles demonstraram o caráter de Cristo num grau impossível por suas próprias boas intenções ou esforço humano. Hoje, somos tentados a pensar que devemos “agir melhor” porque somos cristãos. É uma armadilha: nós apenas “agiremos melhor” enquanto a nossa força de vontade resistir. (Pergunte a qualquer pessoa que já começou uma dieta!) Por fim, mera força de vontade nos falha, assim como falhou com os Apóstolos na noite em que O Senhor Jesus foi preso. A verdadeira mudança de caráter flui do novo nascimento da mesma forma que a água da nascente flui da fonte. A transformação do novo nascimento encontra o seu caminho no nosso caráter pela fome e sede das coisas do céu. Se um recém-nascido sem fome ou sede está gravemente doente; por que deveria ser diferente na nossa vida com Cristo?

4. Transformados para receber poder para o Ministério

          Os Apóstolos foram transformados pelo poder do Espírito Santo para o ministério. Jesus os encheu com o Espírito Santo e, como resultado (com o tempo), eles se tornaram surpreendentemente semelhantes a Jesus em pensamento, palavra e ação. Pessoas comuns declararam a mensagem do Reino de Deus (como Jesus havia feito) e demonstraram a vinda desse Reino com ações poderosas - assim como Jesus fez. Pelo Espírito Santo, os primeiros crentes descobriram uma transformação das impossibilidades da carne para as possibilidades do céu. O Senhor Jesus tinha uma visão elevada dos Seus seguidores. Ele acreditava neles mais do que eles acreditavam em si mesmos. 

Conclusão: “Discípulos?” Qualquer pessoa que esteja disposta a aprender com Jesus Cristo, o professor gentil e humilde. Ele disse: “Vinde a mim, todos os que estais cansados ​​e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de Mim, que Sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.” ( Mateus 11:28-30 ) Os primeiros discípulos aceitaram esse jugo. Eles receberam perdão - e algo mais: eles aprenderam uma nova maneira de viver, ensinada pelo próprio Mestre. A questão é se recebemos o jugo também.

DINHEIRO

 O dinheiro pode comprar-te a cama, mas não o sono, pode comprar-te livros, mas não compra a inteligência, compra comida mas não compra o apetite. Compra a imagem mas não compra o carácter, pode até comprar a religião mas não compra a salvação. Tu podes perguntar: “Isto significa que Deus não quer que eu tenha dinheiro?” Não, na verdade Ele até te dá mais dinheiro quando tu demonstrares que a tua confiança não está no dinheiro, mas apenas n’Ele (1Timóteo 6:17).

A Bíblia ensina três coisas sobre o dinheiro:

- Quando tu te tornas um bom mordomo daquilo que tens, Deus confiar-te-á mais (Lucas 19:15-17).

- Quando o teu objetivo está em servir os outros (Jó 42:10).

- Quando consegues deixar as coisas materiais para fazeres a vontade de Deus, Ele confiar-te-á mais. Abraão deixou a segurança da sua casa para cumprir o plano de Deus, e acabou sendo um dos homens mais ricos.

Por outro lado, o jovem rico (Marcos 10:17-22), recusou seguir Cristo porque o preço era demasiado alto.

E tu perguntas: “Qual era o preço?"

Tudo!  

sábado, 15 de julho de 2023

REVELAÇÃO

 Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu, para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou, e as notificou a João seu servo.”

Apocalipse 1:1

 

Quando se vai ao teatro há um momento em que a cortina se abre, as luzes são acesas, o cenário é revelado e a história começa. Cada vez que acontece, há uma expectativa e emoção que se apodera dos espetadores.

Esta é a ideia que é transmitida quando a Bíblia usa a palavra “revelação”. A palavra grega é ‘apokalypsis’ significa ‘uma revelação’, ‘o levantar da tampa de uma caixa’ ou o ‘abrir de uma cortina no teatro’.

E isso é o que acontece com João no início do livro do Apocalipse. Ele recebe um apokalypsis. As luzes se acendem, o cenário é revelado e a história ganha vida.

Os olhos do seu coração são iluminados e eles vêm a realidade de que, apesar das suas circunstâncias desafiadoras, o Senhor Jesus está no trono. Este é o apokalypsis que todos nós precisamos.

Em tempos incertos e difíceis, precisamos ter uma revelação de que Jesus ainda está no trono. Ele está como os que estamos a viver, precisamos de uma revelação do trono de Deus, para descansarmos sabendo que Ele está no controle e não há necessidade de ficarmos ansiosos.

As luzes se acenderam no seu coração?

O palco divino foi iluminado?

És capaz de apreciar o desenrolar da história – com um conhecimento claro de como ela terminará?

terça-feira, 4 de julho de 2023

O QUE ESTAMOS A PASSAR AOS OUTROS?

2Timóteo 2:2

E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a outros homens fiéis, que sejam idóneos para também ensinarem aos outros.”

     O princípio da passagem é fundamental para a vida. Somos administradores temporários de uma incumbência que recebemos da geração anterior. Transmitimos o que falamos.

Quando o povo de Judá estava no exílio, o seu futuro dependia da sua capacidade de preservar a sua língua. Mas a Bíblia diz: “Vi também naqueles dias judeus que tinham casado com mulheres asdoditas, amonitas e moabitas. E os seus filhos falavam meio asdodita, e  não podiam falar judaico, senão segundo a língua de cada povo” (Neemias 13:23,24).

Eles falharam em guardar a sua linguagem.

Falamos a linguagem da fé?

Falamos palavras vivas para a próxima geração?

Teremos netos cristãos?

 Repassamos o que recebemos – mesmo que seja insignificante. No entanto, a Bíblia regista outros atributos muito mais significativos que podem ser transmitidos.

Isaque transmitiu bênçãos (“E chegou-se, e beijou-o; então cheirou o cheiro dos seus vestidos, e abençoou-o e disse: Eis que o cheiro do meu filho é como o cheiro do campo, que o Senhor abençoou; assim pois te dê Deus do orvalho dos céus, e das gorduras da terra, e abundância de trigo e de mostoGênesis 27:27-29),

Moisés transmitiu autoridade e sabedoria (“Então disse o Senhor a Moisés: Toma para ti a Josué, filho de Num, homem em quem há o espírito, e põe a tua mão sobre ele. e apresenta-o perante Eleazar, o sacerdote, e perante toda a congregação, e dá-lhe mandamentos aos olhos deles. E põe sobre ele da tua glória, e dá-lhe mandamentos aos olhos deles.” Números 27:18-20; “ E Josué, filho de Num, foi cheio do espírito de sabedoria, porquanto Moisés tinha posto sobre ele as suas mãos; assim os filhos de Israel lhe deram ouvidos, e fizeram como o Senhor ordenara a Moisés.” Deuteronómio 34:9);

Paulo transmitiu dons espirituais (“Por cujo motivo te lembro que despertes o dom de Deus que existe em ti pela imposição das minhas mãos.” 2Timóteo 1:6).

Para fazer isso de forma eficaz, cada uma dessas pessoas sabia que havia recebido algo de Deus e também sabia que tinha a capacidade de transmiti-lo aos outros. Eles tinham fé para receber e fé para transmitir. Como Jesus disse, “…de graça recebestes; de graça dai…” (Mateus 10:8).

Sabemos quais os atributos divinos que possuímos?

Temos fé e confiança para transmiti-los aos outros?

Quem vai cumprir o nosso papel quando partirmos? O que temos passado para os outros?

O profeta Isaías escreveu:Quanto a mim, este é o meu concerto com eles, diz o Senhor: o meu espírito, que está sobre ti, e as minhas palavras, que pus na tua boca, não se desviarão da tua boca nem da boca da tua posteridade, nem da boca da posteridade da tua posteridade, diz o Senhor, desde agora e para todo o sempre.” (Isaías 59:21). Este versículo é o meu desejo e esperança para os filhos dos meus filhos.

Que ensinamento estamos passando para os nossos filhos?

Que Espírito estamos transmitindo à próxima geração?

Por quais palavras seremos lembrados?

Transmitimos o que valorizamos?