quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

OBEDECER

Quando os cristãos resolvem obedecer ao seu Mestre, alumiando e salgando o mundo, as reações não tardam a aparecer. Ainda que fosse desejável, é claro que nem todas são favoráveis. Há que manter fresco na memória o eco de pecados perdoados, de vidas transformadas, de famílias restauradas, de vícios abandonados, de doenças curadas, de ânimos levantados, entre muitos outros milagres, mas ter igualmente presente a existência de oposição de monta. O bom aroma de Cristo espalhado pelos Seus seguidores suscita até hoje uma curiosidade enorme sobre a Sua Pessoa, chegando inclusive a penetrar as narinas da classe política. Aí, como em quaisquer outros corredores seculares, há quem acuse pesos enormíssimos na consciência, como consequência de grotescas opções passadas. Não se estranhe, portanto que aqueles que se movem nas trevas fiquem intrigados e atordoados com a intensidade da luz de Jesus. É natural que se aproximem e, das duas uma, tentem ofuscá-la ou ajustar-se a ela. Deixemos, pois, que Ele brilhe em nós e através de nós em todo o lugar. Quanto à escolha final daqueles com quem interagimos é da inteira responsabilidade de cada um. 

DÚVIDAS

     Todos somos assaltados por dúvidas. É comum tal acontecer, ainda para mais quando se começa a ver o mundo a andar para trás. Por muito que se tente negar ou contornar a existência de hesitações de ordem espiritual, a verdade é que em certos momentos, à semelhança de ilustres personagens do passado, também questionamos se Jesus é mesmo Aquele por Quem a nossa alma deve aguardar. A melhor coisa a fazer nessas circunstâncias é envidar todos os esforços para Lhe colocar essas reservas. Ao invés de acionar o piloto automático de uma fé cega e incapaz de raciocinar, há que investir no diálogo com Ele. Espere-se a Sua reação de coração aberto. Ficaremos boquiabertos com as Suas surpreendentes respostas. Enquanto nós desejaríamos ver soluções repentistas no plano político, militar e social, Ele faz questão de sublinhar que o Seu reino de amor já está em marcha. A maior necessidade que “os cegos, os coxos, os leprosos, os surdos, os mortos, os pobres” e os incrédulos têm é de ser amados. E aí todos somos abarcados e abraçados por Jesus. Fica à nossa escolha crer n’Ele, tendo bem fresco na memória aquilo que Ele mesmo disse: “Feliz daquele que não se escandalizar de Mim.”

FAMÍLIA

     Os laços de real intimidade não são ditados pelo parentesco, mas antes pela cumplicidade e afinidade de coração. Pode muito bem ter-se um alto grau de familiaridade sem existir qualquer vínculo de sangue. O Senhor Jesus demonstrou isso na Sua relação com aqueles que O seguiam. Amou-os a ponto de os considerar e tornar e Sua família. Sendo certo que jamais desprezou ou diminuiu o Seu núcleo familiar direto, deixou, no entanto, bem patente que Lhe são verdadeiramente próximos os “que ouvem a palavra de Deus e a praticam.” Ele não estende a passadeira a quem aponta para o brasão de forma a que a multidão se afaste. A Sua atenção vai inteirinha para os Seus amigos. E sublinhe-se que estes não são os que torcem o nariz à Sua mensagem ou assumem um papel religiosamente paternalista, mas os que se prontificam a obedecer-Lhe. Sim, quem conhece o amor que o Pai lhe tem não sabe fazer outra coisa que não seja amar pessoas, acabando por integrar o círculo chegado de Jesus Cristo. Que bom é fazer parte da Sua família e partilhar o Seu coração!

terça-feira, 26 de dezembro de 2023

PODES ACRESCENTAR UMA HORA?

     Quando Jesus fez esta pergunta retórica no Sermão da Montanha, Ele deixou claro que a ansiedade não é benéfica. É um problema universal que todos precisamos resolver. Felizmente, Ele nos dá algumas chaves a considerar.

Ele disse: “…não nos preocupemos, dizendo: ‘O que comeremos?’ ou ‘O que beberemos?’ ou ‘O que vestiremos’?...” (Mateus 6:31).

Observa as palavras ‘dizer’ e ‘deve’. A ansiedade piora tanto pelo que dizemos quanto por onde nos concentramos. Uma confissão pobre só aumenta os nossos problemas, e um foco inadequado no futuro pode prejudicar o nosso presente.

Cada dia tem as suas próprias preocupações e a sua própria graça, mas a ansiedade coloca o nosso pensamento no futuro sem os benefícios da graça de hoje. Não admira que seja tão debilitante.

Então, já que não podemos acrescentar uma hora à nossa vida nos preocupando com o futuro, por que não usamos a hora que temos agora para buscá-Lo e confiar-Lhe o nosso futuro?

Como afirmava uma antiga inscrição de um relógio de sol: “…Uma hora sozinha está em suas mãos, o agora em que a sombra está…”

Vamos usar essa hora de forma eficaz ou desperdiçá-la em algo que não é benéfico?