terça-feira, 29 de agosto de 2023

O AMOR de DEUS

    Triste figura faz a pessoa que resolve insultar o Senhor Jesus ao vê-Lo na cruz. Lançar-Lhe em rosto aquilo que anteriormente Ele declarou com autoridade é uma autêntica tolice. Mais vale optar pelo silêncio naquilo que não se entende. Quando não se alcança logo o que Ele tem em mente construir é preferível ficar mesmo de “bico calado”. Até porque pode estar a deixar-se escorregar entre os dedos a salvação pessoal, nunca a d’Ele. Quem goza com o Senhor Jesus por pensar que Ele não se safou da morte, apenas festeja a sua própria ignorância. A questão é tão simples quanto isto: Ele podia ter descido da cruz, mas não quis. Já nós gostaríamos e não podemos.

    A morte é uma certeza que não contornamos sem a Sua ajuda. Foi por isso que Ele não rejeitou a cruz, pois quis afirmar que o amor de Deus não tem limites. Não houve nada que interrompesse a Sua graça em nosso favor, até quando O ofendemos nas Suas barbas. A Sua compaixão está para lá do nosso rebelde e descarado comportamento. Sim, felizmente, Ele não parou o amor!

O QUE É QUE ESTÁS AQUI A FAZER?

 

Muitas das perguntas pessoais que Deus fez às pessoas na Bíblia são muito relevantes para nós. Este não é exceção.

Elias, o profeta, foi chamado e capacitado por Deus e, mesmo assim, após ser ameaçado, foge de seu chamado e propósito. Deus o encontra em uma caverna no deserto e lhe pergunta: “O que você está fazendo aqui, Elias”? (1Reis 19:9). A conversa coloca Elias de volta nos trilhos.

A pergunta, como todas as perguntas divinas, nos devem fazer refletir sobre as nossas escolhas, admitir os nossos  erros e reentregar a nossa vida a Deus.  

Nestas tempos difíceis, muitas pessoas também se sentem ameaçadas por vários motivos e buscam consolo como Elias, mas, ao fazer isso, também se afastaram das pessoas e, finalmente, do seu destino.

Essa questão, portanto, é de suma importância:

O que estás fazendo aqui?

Tu estás num bom lugar?

Sentes-te ameaçado?

Confias a Deus o teu futuro?

Afastaste-te de Deus e do Seu propósito para a tua vida?

sexta-feira, 11 de agosto de 2023

ONDE ESTÁS?

“E chamou o Senhor Deus a Adão, e disse-lhe: Onde estás?”

Génesis 3:9

A meu ver, as perguntas estimulam a humildade e a curiosidade, duas das chaves da aprendizagem. As perguntas admitem a nossa falta de conhecimento e reconhecem  a nossa necessidade dele. Um bom aluno faz boas perguntas.

Então, por que um Deus Omnisciente faz perguntas? Porque a conversa de Deus com Adão e Eva no Jardim do Éden consistiu numa série de perguntas para as quais Ele já sabia a resposta? “E Deus disse: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore de que te ordenei que não comesses?” Génesis 3:11; “E disse o Senhor Deus à mulher: Porque fizeste isto?...” Génesis 3:13

Porque Deus respondeu às perguntas de Jó fazendo mais perguntas? Nos capítulos 38,39, 40 e 41, Deus faz mais de 100 perguntas a Jó!

 Porque o Senhor Jesus Cristo fez mais de duzentas perguntas diferentes nos Evangelhos?

Talvez a maneira mais fácil de abordar esse tópico seja nos perguntarmos por que fazemos perguntas uns aos outros. Existem muitas razões, inclusive para desenvolver relacionamentos, mas aqui estão três outras: Para nos ajudar a pensar; para nos encorajar a falar e para nos desafiar a agir.

Talvez seja por isso que Deus faz perguntas: Para nos ajudar a pensar, falar e agir apropriadamente.

Depois que Adão e Eva sucumbiram à tentação da serpente e comeram o fruto proibido, Deus se aproximou deles no jardim para conversar com eles.

Como já disse atrás, Deus sabia as respostas, mas fez as perguntas para ajudar Adão e Eva a refletir sobre o que haviam feito, falar a verdade e depois agir de maneira apropriada.

Eles, é claro, falharam no teste porque, como alguém disse:  “Eles eram os “idiotas originais”.

No entanto, as perguntas são uma base brilhante para a nossa própria autoavaliação. Elas exigem que aceitemos a realidade que muitas vezes escondemos de Deus.

Admitamos que tendemos a ouvir mentiras em vez da verdade e reconheçamos que geralmente não compreendemos totalmente as consequências das nossas ações pecaminosas. Em outras palavras, todos nos beneficiaríamos desse tipo de conversa com Deus.

Então, deixa-me perguntar, onde estás tu na tua caminhada espiritual? Qual é a voz é a mais forte na tua vida - fé ou dúvida? O que estás está fazendo sobre isso? 

sexta-feira, 4 de agosto de 2023

PROCURAR

    Deus é um buscador e espera que também sejamos buscadores. Ele busca adoradores (João 4:23) e os perdidos (Lucas 19:10), e requer que busquemos o Seu reino, a Sua justiça (Mateus 6:33) e a Sua paz (1Pedro 3:11). Tal busca vem com uma promessa – se buscarmos, encontraremos (Mateus 7:8).

A busca espiritual deve ser a nossa prioridade, a nossa busca e a nossa prática. Mas buscar atributos divinos vem com um aviso: “Não deixe que o bem que você busca se torne o único objetivo”. Mesmo as boas obras podem se tornar idólatras se desviarem a nossa atenção da nossa verdadeira adoração. O Senhor Jesus Cristo deve ser o nosso único objetivo. O profeta Amós esclarece esta advertência: “…Assim diz o Senhor a Israel: “Busque-me e viva; não busques Betel, não vás a Gilgal, não viajes a Berseba…Buscai ao Senhor e vivei…” (Amós 5:4-6). Deus havia se revelado a Jacó em Betel, a Josué em Gilgal e a Abraão em Berseba, mas os santuários montados nesses lugares distraíram os israelitas e se tornaram o seu foco. A sua busca tornou-se mal direcionada. Uma revelação passada de Deus tornou-se mais importante para eles do que um relacionamento presente com Deus. Podemos cair na mesma armadilha. Podemos ficar satisfeitos com histórias de encontros passados, em vez de ficarmos insatisfeitos com o nosso conhecimento atual de nosso Senhor e Salvador.

Estamos avançando para conhecer melhor a Cristo?

Estamos buscando o Deus da bênção ou apenas a bênção que Ele promete? Jesus é o nosso foco e o nosso prêmio?

A INFLUÊNCIA DO ESPÍRITO SANTO

É o Espírito de Deus que nos transforma.

Como o Apóstolo Paulo escreveu, “…a minha mensagem e a minha pregação não consistiram em palavras sábias e persuasivas, mas em demonstração do poder do Espírito...” (1Coríntios 2:4).

No nosso desejo de encorajar as pessoas a influenciar o mundo, precisamos ser cautelosos para não criar uma geração que depende de habilidades naturais.

Precisamos lembrar que, em Filipos, foi Deus quem abrandou o coração de Lídia, não Paulo. Como diz a Bíblia: “…O Senhor lhe abriu o coração para responder à mensagem…” (Atos 16:14).

Estamos confiando em nossa experiência ou habilidade?

Estamos tentando influenciar as pessoas, sem a necessária unção? 

DEUS É UM PENSADOR

     Quando se pede aos crentes que “preencham”: “Deus é.…” As suas respostas costumam ser reveladoras.

Hoje em dia, a maioria dirá imediatamente: “Deus é… Amor” (1João 4:8), outros “Deus é… Luz” (1João 1:5), ou “Deus é…Bom”(Salmo 34:8), ou ainda “Deus é…Misericordioso” (Salmo 103:8), etc, etc.

Parece-me estranho que um atributo de Deus possa ficar mais na moda do que outro.

No entanto, ninguém disse: “Deus é… um Pensador”. No entanto, a Bíblia deixa bem claro que é isso que Ele é.

No livro de Isaías, Deus declara: “… os meus pensamentos não são os vossos pensamentos…” (Isaías 55:8), e o profeta Amós escreveu que “Aquele que forma os montes, e cria o vento, e declara ao homem… os Seus pensamentos…” (Amós 4:13). Jeremias, diz: “Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais.” (Jeremias 29:11)

Visto que fomos feitos à imagem de Deus, nós também somos pensadores porque Ele é um Pensador. Mas que tipo de pensadores somos nós?

Pascal foi um filósofo francês do século XVII. Entre outras coisas, ele é famoso pelo seu livro,  Pensamentos”.

Nele, ele descreve a humanidade como um “caniço pensante”. É uma descrição brilhante da nossa força e da nossa fraqueza.

Por um lado, fomos criados à imagem de um Deus pensante, com uma capacidade de raciocínio que nos distingue do resto da criação; o nosso pensamento é uma força dada por Deus (“Confia ao Senhor as tuas obras, e  teus pensamentos serão estabelecidos.” Provérbios 16:3).

Por outro lado, somos uma cana vulnerável – facilmente quebrada e facilmente balançada.

Paulo adverte, “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.” (Efésios 4:14) (um aviso que deve ser levado em conta num mundo influenciado por muitas religiões).

Como um “caniço pensante”, os nossos pensamentos podem nos levar a Deus ou para longe d’Ele, para a esperança ou para o desespero (“E quão preciosos me são, ó Deus, os teus pensamentos! Salmo 139:17).

Os nossos pensamentos podem ser nossos libertadores ou enganadores.

Como resultado, Pascal concluiu: “Vamos então nos esforçar para pensar bem”.

Mas como nós fazemos isso?

Porque a Palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.” Hebreus 4:12

Como nos resguardamos da fragilidade de nossos pensamentos? (“Mas Jesus conhecendo os seus pensamentos, disse: Porque pensais mal em vossos corações?” Mateus 9:4

Como pensamos para a glória de Deus?

Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, e  conhece os meus pensamentos. E vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno.” Salmo 139:23,24