quinta-feira, 28 de junho de 2018

É CHEGADA A HORA!


O Senhor Jesus Cristo sabia que o Seu comportamento, e o que anunciava, jamais seriam aceites. Devido à Sua fama e aos Seus atos, o povo queria aclamá-Lo Rei. Mas para espanto de todos, Ele dizia que o Seu reino não era deste mundo! (João 18:36). As pessoas obviamente não entendiam a Sua linguagem.
Morrer pela Humanidade era o Seu objectivo fundamental e nada o desviaria desse objectivo. Então porque motivo Ele suplicou ao Pai para que esse cálice se afastasse d’Ele?
Teve essa atitude porque assumiu a Sua condição de Homem! Se sofresse e morresse como Filho de Deus, jamais poderíamos extrair experiências d’Ele, pois somos pessoas frágeis, inseguras e com enormes dificuldades para lidar com as nossas misérias; mas como morreu como o Filho do homem, podemos extrair do Seu sofrimento profundas lições de vida.
Naquele momento chegou a proferir uma frase esclarecedora: “…na verdade o espírito está pronto, mas a carne é fraca.” (Mateus 26:41).
O Seu ser interior, o Seu espírito estava preparado para morrer, pois era forte, estável e determinado. Porém, o Seu exterior, a Sua carne, era débil, frágil, fraca e sujeita a transtornos como qualquer ser humano.
É tremendo pensarmos que o Senhor Jesus, Homem, teve a coragem de dizer que estava profundamente angustiado e que teve a grandeza de clamar a Deus Pai que afastasse d’Ele o Seu martírio. Alguns gostam de ser “deuses”, mas o Filho de Deus, gostava de ser Homem!
As Suas palavras revelam que não representava uma peça, mas queria ser Ele mesmo. O Senhor Jesus era tão grande e desprendido que não tinha necessidade de simular o que sentia.
Submeteu-Se ao Pai, não por imposição d’Ele, mas por Amor. Um amor que excede o entendimento! A vontade do Pai prevaleceu sobre a vontade do Filho. O Filho compreendeu que o cálice seria inevitável, por isso rendeu-Se à vontade do Pai. Ele não teve a Sua vontade atendida pelo Pai, mas mesmo assim orou. Porquê?
Porque aquele diálogo com o Pai sustentou-O. Irrigou a Sua alma com esperança, renovou-Lhe as forças para quando…chegasse aquela hora! João 12:23.

sexta-feira, 22 de junho de 2018

VIDA FORA DE ORDEM


Um homem que gostava de ordem saiu percorrendo o mundo à procura daquele, entre todos os lugares, que se destacasse pela mais meticulosa ordem.
Entrando num quartel militar, o homem olhou à sua volta e viu tudo arrumado; a relva cortada, as paredes pintadas, o chão limpo; tudo em boa ordem, como é próprio do carácter militar. Apenas desgostou ao homem notar que a maior parte dos soldados não tolerava aquela ordem rígida, mantendo-se ocultamente muitos hábitos desordenados. E foi-se um pouco decepcionado.
                Noutro lugar, visitou uma grande empresa e também se entusiasmou com o que viu. Tapetes lindos dispostos pelo chão, aparelhos funcionando às mil maravilhas, os wc’s cheirando a perfume…tudo muito arrumado, menos o sector das máquinas, onde os detritos da matéria-prima e coisas fora do lugar destoavam do restante da fábrica. Para produzir era preciso uma certa ordem.
                Assim se foi desiludindo o nosso homem. Por fim, entrando um dia num cemitério, exclamou ele, como quem descobre o que procurava:
                “Eis o que sempre busquei! Eis a ordem perfeita!”
                De facto, no cemitério reina extraordinária ordem. Os corpos ali enterrados nem por um momento causam qualquer estorvo. Tudo está ali no seu lugar; só que não há vida no cemitério!
                O apego às formas pode fazer do culto cristão um cemitério. Talvez tudo esteja em ordem: As pessoas todas presentes. A Bíblia é lida, as pessoas oram, os músicos tocam…tudo vai bem…só não há vida!
Onde existe vida, há sempre coisas um pouco fora de ordem!
Talvez cheguemos aos cultos com uma ideia já formada de como o culto vai decorrer, como cada um se deve comportar, etc. Tudo isso é como ordem no cemitério. Perdemos a habilidade de sermos guiados pelo Espírito de Deus. O que mais precisamos é ser “carregados” pelo Espírito de Deus de uma maneira viva!

segunda-feira, 18 de junho de 2018

A MENTE de CRISTO


Paulo diz haver dois tipos de pessoas: As naturais e as espirituais. Está completamente fora das possibilidades do homem natural compreender o Espírito, pois só quem tem a mente purificada pode fazê-lo (1Coríntios 2:14-16).
Assim o Espírito Santo, na altura da salvação, toma posse do crente, e este passa a possuir a "mente de Cristo". O homem que possui o Espírito Santo participa daquilo que é divino (Hebreus 3:14;12:10; 2Pedro 1:4).
Paulo fez uma afirmação ousada: "Nós temos a mente de Cristo". Por esta razão, o homem espiritual não vê as coisas da perspectiva do mundo, mas do ponto de vista de Deus (Ezequiel 40:4; 44:5).
Que acontece então quando se tem a mente de Cristo?
- Temos um maior desejo de sermos santificados
Certamente que ao desejarmos ser mais santos o nosso maior obstáculo é a nossa vontade própria não dominada, pois uma vida santificada significa andar de acordo com a vontade de Deus (Hebreus 12:14; 1Pedro 1:15). Mas há uma tendência no nosso coração em buscarmos a nossa maneira própria de fazermos as coisas. É esse jeito próprio que atrapalha a nossa santificação (Eclesiastes 7:29; Romanos 3:11).
Em Isaías 53.6 está resumido como era o nosso estado. O problema todo está no egoísmo da nossa natureza. E isso não pode ser perdoado, tem de ser crucificado (Gálatas 2:20).
Pode ser mais claro o ensino sobre o que temos de fazer com o nosso ego?
Outro empecilho à nossa santificação é a desobediência (Efésios 2:2). Obediência ao Espírito é imprescindível para uma vida de santificação (Romanos 8:14).
- Quando se tem a mente de Cristo, há o desejo dominante de que o nome e a glória do Senhor sejam honrados na nossa vida
A nossa oração deve ser sempre "Pai-nosso, santificado seja o Teu Nome", acrescentando "seja qual for o preço a pagar".
Quem tem este sentimento vive para que Deus seja glorificado (1Coríntios 8:6; 2Coríntios 4:11). E para que isso aconteça, é preciso que Deus seja o Senhor da nossa vida! Significa submeter o controlo da nossa vida a Ele (João 6:28).
Mentimos tanto no dia-a-dia quando dizemos confiar em Deus e vivemos ansiosos, aflitos, alterados, amedrontados e culpados (Mateus 6:25). Mentimos quando cantamos, "quero ser um vaso de bênção..." desde que não atrapalhe o horário de ver televisão, de namorar, da telenovela, etc. Mentimos quando cantamos "em mim vem habitar, ó vem Jesus..." desde que os colegas de trabalho, da escola, não O vejam vivendo em mim. Mentimos quando cantamos "sonda-me, ó Deus, pois vês o meu coração..." e guardamos um lugar da nossa vida onde o Senhor não pode entrar (Mateus 5:37).
Os exemplos de cantarmos uma coisa e vivermos outra são quase infinitos, no entanto um crente com "a mente de Cristo" deseja que o nome do Senhor seja exaltado na sua vida em qualquer circunstância (Actos 16:23-25).
- Quando se tem a mente de Cristo, tem-se igualmente o desejo de ver todas as coisas do ponto de vista de Deus
Ou seja. Tudo o que fazemos, dizemos e, até, o que pensamos é avaliado pela escala de valores do nosso Deus. Avaliar as coisas corno Jesus as faria, se tivesse no nosso lugar, é sinal de uma vida que é dirigida pelo Espírito Santo (Romanos 8:14). A Bíblia classifica a mente humana (natural) de carnal (Colossenses 2:18), que significa que nesse estado não pode compreender as obras de Deus. A mente natural é vaidosa (Efésios 4:17), corrupta, contaminada (Tito 1:15). Por outro lado, a mente dominada pelo Espírito Santo é regenerada (Romanos 12:2; Efésios 4:23), quer dizer gerada outra vez, refeita.
Apesar do pecado, a Graça de Deus agiu e purificou a nossa mente porque as obras do diabo são destruídas (João 3:8). A mente espiritual é equipada por Deus (Hebreus 8:10).
 É o intenso desejo de tudo ver e avaliar como Deus faz, o indício claro da operação do Espírito Santo numa vida com a mente de Cristo.
- Quando se tem a mente de Cristo, prefere-se morrer do que viver erradamente
O crente que se preocupa demais com as coisas materiais olha a morte com terror no coração (Salmo 73:19). Quando passa a viver pelo Espírito, torna-se quase indiferente para com o que é terreno, e torna-se mais cuidadoso com a qualidade da sua vida espiritual (Salmo 104:33).
O Novo Testamento ensina que a direcção da vida está em Cristo (João 14:6). As nossas acções devem ser realizadas na base da vida nova dada por Cristo. Viver erradamente como crente tem tristes consequências (Provérbios 14:12).
 Deixamos de receber as bençãos celestiais por falta de desejá-las. Ninguém se torna espiritual por si mesmo, somente o Espírito Santo pode converter alguém numa pessoa espiritual. A nossa mente natural na Mente de Jesus Cristo!

sábado, 2 de junho de 2018

SALVOS PARA SERMOS LIVRES


A Casa de Deus deve ser um lugar onde as pessoas podem ser salvas e encontrar liberdade. Se não há grito de vitória, alegria de glória, poder libertador, ela deixou de ser a Casa de Deus. Deveria ser escrito na porta de entrada a palavra “ICABOD”, ou seja, “A glória se foi!” (1Samuel 4:21).
É triste, mas verdadeiro, que muitas pessoas irão morrer e irá para a eternidade sem jamais ter vivido de verdade. A maioria das pessoas simplesmente suporta a vida. Sempre está faltando alguma coisa.
Cristo não nos salvou para nos deixar presos, mas para nos libertar (“O Espírito do Senhor é sobre mim…para apregoar liberdade aos cativos…e a pôr em liberdade os oprimidos…” Lucas 4:19).
O Senhor Jesus estava dizendo que a “A minha missão na Terra é libertar vidas atrofiadas.” Libertar quer dizer livrar de toda a escravidão; remover tudo o que oprime.
O Apóstolo Paulo também pregou que Cristo veio para que todos tivéssemos uma vida liberta:
Cristo nos libertou para que sejamos de facto livres. Estai, pois, firmes, e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da escravidão.” (Gálatas 5:1)
Vós, irmãos, fostes chamados à liberdade…” (Gálatas 5:13).

Porque é que milhares de israelitas morreram no deserto, depois de viverem quarenta anos terríveis na desolação, quando poderiam entrar directamente na terra que manava leite e mel, e tudo o que era preciso para tornar a vida bela? Porque ficaram vagueando sem rumo em tendas, engolindo pó, quando poderiam ter possuído casas próprias em terras próprias?
A resposta é incrível: Era bom demais pra ser verdade!
Eles simplesmente não conseguiram crer que Deus os amava o suficiente para trocar o seu sofrimento, por uma vida tão maravilhosa. Eles tinham ficado tão acostumados com o penar, que achavam que a vida era mesmo assim.
Estamos nós prontos para crer no que o Senhor Jesus disse? Ou será que a incredulidade nos roubará as Suas promessas?
Ele disse: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância.” (João 10:10).
            O Senhor Jesus avisou-nos em termos que não deixam dúvidas: “Não temas, ó pequeno rebanho, pois a vosso Pai agradou dar-vos o Reino…” (Lucas 12:32).
            Isso quer dizer que daqui para a frente serei rico e que nada me faltará? Não é algo que nós possuímos dentro de nós, no nosso interior. É uma vida liberta, pois o Reino de Deus não é comida nem bebida…mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo (Romanos 14:17).
            A nossa liberdade está onde o nosso coração está! (“Porque onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o nosso coração.” Lucas 12:34).
            Queremos esta vida de liberdade? Então crê desesperadamente que Deus quer desesperadamente que tu a tenhas! Esta vida que o Senhor oferece é um presente feito de rectidão, alegria e paz no Espírito Santo!