O Senhor Jesus Cristo sabia que o Seu
comportamento, e o que anunciava, jamais seriam aceites. Devido à Sua fama e
aos Seus atos, o povo queria aclamá-Lo Rei. Mas para espanto de todos, Ele
dizia que o Seu reino não era deste mundo! (João 18:36). As pessoas obviamente não entendiam a Sua
linguagem.
Morrer pela Humanidade era o Seu
objectivo fundamental e nada o desviaria desse objectivo. Então porque motivo
Ele suplicou ao Pai para que esse cálice se afastasse d’Ele?
Teve essa atitude porque assumiu a Sua
condição de Homem! Se sofresse e morresse como Filho de Deus, jamais poderíamos
extrair experiências d’Ele, pois somos pessoas frágeis, inseguras e com enormes
dificuldades para lidar com as nossas misérias; mas como morreu como o Filho do
homem, podemos extrair do Seu sofrimento profundas lições de vida.
Naquele momento chegou a proferir uma
frase esclarecedora: “…na verdade o espírito está pronto, mas a
carne é fraca.” (Mateus 26:41).
O Seu ser interior, o Seu espírito
estava preparado para morrer, pois era forte, estável e determinado. Porém, o
Seu exterior, a Sua carne, era débil, frágil, fraca e sujeita a transtornos
como qualquer ser humano.
É tremendo pensarmos que o Senhor Jesus,
Homem, teve a coragem de dizer que estava profundamente angustiado e que teve a
grandeza de clamar a Deus Pai que afastasse d’Ele o Seu martírio. Alguns
gostam de ser “deuses”, mas o Filho de Deus, gostava de ser Homem!
As Suas palavras revelam que não
representava uma peça, mas queria ser Ele mesmo. O Senhor Jesus era tão grande
e desprendido que não tinha necessidade de simular o que sentia.
Submeteu-Se ao Pai, não por imposição
d’Ele, mas por Amor. Um amor que excede o entendimento! A vontade do Pai
prevaleceu sobre a vontade do Filho. O Filho compreendeu que o cálice seria
inevitável, por isso rendeu-Se à vontade do Pai. Ele não teve a Sua vontade
atendida pelo Pai, mas mesmo assim orou. Porquê?
Porque aquele diálogo com o Pai
sustentou-O. Irrigou a Sua alma com esperança, renovou-Lhe as forças para
quando…chegasse aquela hora! João 12:23.
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