Há uma história sobre um peregrino
que ia para a Terra Prometida. Ele levava a cruz do seu mestre, fardo que
carregava com alegria. No entanto, logo notou que quanto mais andava mais a
cruz se tornava pesada. Sentindo-se cansado, sentou-se e reparou que havia um
lenhador ali perto. E pedi-lhe para usar o seu machado, para encurtar a cruz, e
assim fez.
Logo se fez ao caminho, andando agora
mais rapidamente. A cruz estava mais curta, e o seu fardo mais leve. Mais à
frente avistou a Terra Prometida. Mas ao aproximar-se apercebeu-se que havia um
profundo abismo que o separava do outro lado. Então decidiu usar a cruz para
tentar transpor o abismo. E embora tentasse tudo o que era possível para
colocar a cruz sobre o profundo abismo, faltava-lhe o exacto comprimento que
ele tinha cortado! Naquele momento o peregrino acordou. Era tudo um sonho! E,
com os olhos cheios de lágrimas abraçou a cruz junto ao peito. A cruz estava
tão pesada como antes, mas ele agora a suportava com a maior alegria. E
prometeu a si mesmo que a suportaria por todo o caminho até à Terra Prometida!
É claro que não entraremos no céu por
carregar uma pesada cruz, mas por confiar que somente o Senhor Jesus Cristo é
capaz de nos dar a salvação. Mas ao sermos salvos, somos chamados para carregar
a nossa cruz (“E dizia a todos: Se alguém quer vir após Mim,
negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-Me.” Lucas
9:23), e quanto mais leve a nossa
cruz, mais fraco será o nosso testemunho.
Quanto melhor compreendermos o que a
cruz significou para o Senhor Jesus, melhor compreenderemos o que ela deve
significar para nós. Devemos aprender que para Ele a cruz significou algo
completamente diferente dos conceitos sentimentais que muitas vezes acompanham
o símbolo usado em muitos lugares.
Se olharmos cuidadosamente para a
cruz de Cristo vamos nos ver a nós mesmos, com todas as nossas necessidades,
pecados e enganos. Felizmente, é na cruz de Cristo que Deus opta por retirar a
Sua ira de todos aqueles que crêem que Jesus Cristo levou sobre Si todos os
pecados (“Havendo riscado a célula que era contra nós nas
Suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio
de nós, cravando-a na cruz.” Colossenses
2:14).
Ninguém experimentará o favor eterno de
Deus se se desviar da cruz de Cristo. A cruz é a dobradiça sobre a qual gira a
porta da História da Humanidade. Os profetas do Antigo Testamento apontaram
para ela. Os discípulos do Novo Testamento a proclamaram. A cruz é o cerne da
mensagem da Igreja e o coração do nosso poder para combater as trevas.
Não existem últimas palavras tão
importantes quanto as proferidas pelo Senhor Jesus na cruz (“”Pai,
perdoa-lhes porque não sabem o que fazem.”
Lucas 23:34). As Suas feridas não foram tratadas para que as
nossas fossem. As Suas aflições foram imensas para que as nossas fossem levadas
embora.
A cruz foi o maior acto de Deus para
nos alcançar, e é aqui que nos identificamos mais intimamente com Cristo.
A cruz lembra que a nossa auto
condenação tem um fim. Já não precisamos de ficar lembrando o passado, pois foi
lá que fomos perdoados de todo o nosso passado!
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