quinta-feira, 12 de julho de 2018

NASCER DE NOVO


Há um provérbio popular que diz o seguinte: “Até mesmo o terreno mais fértil permanece estéril se nenhuma semente for lançada nele.”
         Aparentemente Nicodemos não sabia disso. (João 3:1-7). Ele pensava que a terra podia gerar frutos sem que fossem lançadas as sementes. Ele era muito sábio nas questões, mas descuidado com a semente. Era um legalista. É assim que os legalistas pensam: Preparam a terra, mas esquecem-se da semente. Os fariseus achavam que a fé era uma obra exterior. Mediam a espiritualidade das pessoas pelo título que elas possuíam, pelo som das orações, pelo montante das ofertas. Se eles fossem agricultores, certamente teriam as terras mais atraentes, o melhor equipamento, a terra lavrada e arada. Discutiriam sobre as melhores técnicas para lançar adubo, etc. Mas eles teriam um problema: Discutiriam muito sobre técnica, porém colheriam pouco fruto!
         Porque em tão pouco tempo, um galileu tinha gerado mais fruto do que todos os fariseus de uma geração inteira. Isso fez com que eles ficassem chateados e decidiram ignorar os Seus resultados e insultaram os Seus métodos. Com excepção de Nicodemos.
         Ele não era só curioso. Ele estava perturbado. Perturbado pela maneira como as pessoas davam ouvidos ao Senhor Jesus.  
         Nicodemos foi atraído a Jesus, porém ele não queria que o vissem junto com o Senhor, por isso encontrou-se com Ele de noite. Faz sentido. O legalismo não oferece luz alguma.
         Nicodemos começa com cortesias (vs.2), mas o Senhor desconsidera o elogio (vs.3). Nada de conversa que interesse. Jesus vai directo ao assunto. Direito ao coração. Direito ao problema. O Senhor sabe que o coração do legalista é duro e por isso começa a martelar:
- Não podes ajudar um cego acendendo uma luz.
- Não podes ajudar um surdo aumentando o volume da música.
- Não podes mudar o interior decorando o exterior.
- Não podes colher fruto se não semeares.
         Nicodemos, precisas de nascer de novo!!!
O encontro do Senhor Jesus com Nicodemos foi mais do que um encontro entre duas figuras religiosas. Foi uma colisão entre duas visões diferentes da salvação. Nicodemos pensava que a pessoa fazia a obra. O Senhor Jesus dizia que Deus é quem faz a obra. Nicodemos pensava que tudo era uma troca. O Senhor dizia que era um presente. Nicodemos pensava que o homem deveria merecê-la. O Senhor dizia que o homem deveria aceitá-la.
Depois de passar a sua vida a estudar as Escrituras na base da lógica, o mestre fariseu fica repentinamente calado quando o Senhor abre a porta da graça e a luz desta graça invade a escuridão do seu coração!
Imagino Nicodemos com vontade de fazer esta pergunta: “Qual a motivação que está por detrás disto?” O Amor! (João 3:16).
Ele nunca ouvira tais palavras. Ele já tinha participado em muitos debates sobre salvação. No entanto, esta é a primeira na qual nenhuma regra foi estabelecida, nenhum código, nem ritual. Apenas: “Todo aquele que crer terá a vida eterna.
Mesmo na mais escura das noites podia-se ver o assombro na cara de Nicodemos: “Todo aquele que crer?” Mas não é todo aquele que alcança? Todo aquele que é bem-sucedido? Não! “Todo aquele que crê!

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