Por mais dolorosas que as relações por vezes
possam ser, nós somos seres relacionais, criados à imagem de Deus para
pertencer, para servir, para adorar e viver em comunidade. Somos chamados para
ser as Suas mãos e pés e muitas vezes Deus toca a nossa vida através daqueles
que nos rodeiam; relacionamentos são a alma da Igreja.
Se nós queremos amar como Jesus amou, se queremos
que a nossa vida seja caracterizada pelo amor de uma forma que reflecte o
coração de Deus para todos aqueles que nos relacionamos, devemos prestar
atenção a como respondemos às pessoas que nos fazem sentir desconfortáveis (“Ouvistes o que foi dito: Amarás o teu
próximo, e aborrecerás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos,
bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que
vos maltratam e vos perseguem.” Mateus 5:43,44).
E estes que nos fazem sentir desconfortáveis
são aqueles que são diferentes de nós de forma significativa; aqueles de quem
não gostamos, não entendemos, e não desfrutamos nada da presença deles. As
pessoas que possuem crenças diferentes e que praticam diferentes estilos de
vida. Que se vestem de forma diferente do que é normal em sociedade, e que são
culturalmente opostas a nós.
Embora existam muitas dimensões diferentes
para o amor cristão, eu acredito que a capacidade de amar incondicionalmente é
o que mais caracteriza a vida abundante que temos em Cristo.
Infelizmente que esta vontade de amar os
outros incondicionalmente e a sua prática regular estão faltando
significativamente da vida de muitos ditos crentes.
Dizemos que queremos amar os outros como Deus
nos ama, mas muitas vezes acabamos escolhendo conforto e conveniência em vez de
compaixão.
O nosso amor incondicional pelas pessoas, vai
fazer que muitas encontrem Deus no meio de lugares e situações onde menos
esperamos: Nas esquinas e nas ruelas, nos hospitais e nas prisões, orfanatos e
tribunais.
No entanto, o amor necessário para amar aqueles que são
diferentes de nós será sempre sobrenatural.
Quantas vezes vamos além da nossa zona de
conforto para alcançar as pessoas com quem discordamos?
Estejamos dispostos a ser um vaso usado por
Deus, e não apenas em relação às pessoas a quem amamos e concordamos, mas para
as pessoas a quem achamos difíceis ou discordamos.
Vamos pedir a Deus que nos dê sabedoria e
força para sermos como Cristo a cada pessoa que encontrarmos (“Porque para isto somos chamados; pois
também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigamos as Suas
pisadas. O qual não cometeu pecado, nem na Sua boca se achou engano.” 1Pedro 2:21,22).
Sem comentários:
Enviar um comentário