Hoje muitos têm medo de
que aqueles que saem em público sejam portadores deste vírus que é contagioso e
está afetando milhares de pessoas. E esta mensagem chama-se “Portadores de Mudança” porque também carregamos algo nos
nossos corações. Somos portadores do Reino de Deus. Somos portadores
do Evangelho. Somos portadores de vida. Somos portadores de propósito.
Somos portadores de promessas divinas.
E como ser um portador de
mudança? Nestes tempos do Profeta Miquéias, Israel estava dividido em dois
reinos. O Reino de Israel e o Reino de Judá.
Miquéias foi usado por
Deus para desafiar os profetas e os líderes de Israel. Porquê? Porque eles
tinham-se tornados corruptos, oprimiam os pobres, e porque Israel experimentava
injustiça como nunca antes se tinha visto. Havia despertado uma desigualdade na
sociedade, uma desigualdade no povo de Israel. Por isso era importante que
Miquéias lembrasse Israel aquilo que haviam esquecido.
Ele começa por dizer “Ele te declarou, ó homem o que é bom,
e que é que o Senhor pede de ti…”. Por outras palavras, ele está dizendo: “Vocês já sabem o que devem fazer. Já
sabem como devem viver. Vocês já receberam as instruções:”
Mas qual era então o
problema? O sistema do mundo tinha nublado a vida dos israelitas.
Como seria hoje em dia a
nossa sociedade se os cristãos vivessem simplesmente de acordo com aquilo que
Deus já lhes disse ou mandou fazer? Vivendo de acordo como Deus nos mandou
viver? Muitas vezes queremos uma nova palavra da parte de Deus; queremos que
Deus nos diga algo de novo. Queremos uma palavra que fale à nossa situação
atual, que nos diga o que devemos fazer e como devemos caminhar. Mas creio
que enquanto esperamos uma nova palavra da parte de Deus, Ele está esperando
que caminhemos conforme a última palavra que Ele nos deu, conforme o que
já nos falou e o que já disse que devemos fazer.
É extremamente importante
lembrar que temos que viver conforme as instruções que Deus nos deixou na Sua
Palavra. Por isso, que neste versículo há três coisas que Miquéias diz que eram
necessárias que Israel fizesse, e que é necessário que nós façamos, como filhos
de Deus como portadores de mudança.
Em primeiro lugar, depois de Miquéias lhes dizer que
já sabem o que devem fazer e o que Deus espera deles, ele diz-lhes que pratiquem
a justiça.
No Evangelho justiça
significa um relacionamento reto, tanto com Deus como o próximo. Como
seguidores de Jesus devemos entender que estamos neste mundo para estabelecer
justiça. Estamos neste mundo para que a vontade de Deus seja feita ao nosso
redor. Por isso temos de entender que a mudança começa em nós. Nós somos
chamados a romper barreiras. Como praticar a justiça? Ver as pessoas como Deus
as vê, amar as pessoas como Deus as ama, aceitar as pessoas como Deus as
aceita, tratar as pessoas como Deus as trata.
Não nos devemos focar no
passado das pessoas, nas suas imperfeições. Jesus deu a Sua vida por todo o
mundo, um mundo pecaminoso. Ele abriu os Seus braços para que aquele que quiser
se possa aproximar d’Ele. Ele ama as pessoas tal como elas são, mas as ama
demasiado para as não deixar como estão quando elas se aproximam. E temos que
praticar justiça, amando como Deus ama, ver como vê, acreditar nas pessoas como
Deu acredita nelas. E apontá-las à cruz do Calvário, porque o único que pode
transformar as suas vidas é Jesus. Praticar justiça é eliminar a desigualdade.
É eliminar as etiquetas que pomos nas pessoas.
Em segundo lugar,
amar a misericórdia. E isto significa um amor prático por aquele que sofre. Um amor que
praticamos, não um amor de teoria, não um amor de teologia. Romanos 12:8, diz que aquele que “…exercita misericórdia, faça-o com
alegria.” Um
amor prático leva-nos a viver e a demonstrar o Evangelho de tal maneira que
somos os pés e as mãos de Cristo, para fazer a diferença. Não mostremos apenas
misericórdia, mas também amemos mostrá-la!
Em terceiro lugar, Miquéias diz “…que andes humildemente com o teu Deus.” Somos tolerantes quando vemos as
falhas nos outros, os erros nos outros, as fraquezas dos outros? A humildade
precisa de ter um foco generoso e não um foco egoísta. Filipenses 2:3: “Nada façais por contenda ou por
vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo.” Ser humilde nos leva a viver de
tal maneira, que sempre vamos ter uma perspetiva externa. Sempre colocaremos as
necessidades dos outros acima das nossas. Vamos entender que não somos
superiores a ninguém. Não importa o título que temos, as experiências que
temos, os sucessos que alcançámos. Deus vê todos da mesma maneira.
Quando nós descobrirmos
realmente quem somos nos humilharemos, pois não teremos nada para nos
exaltarmos. A humildade em nossa vida produz um coração ensinável. A humildade
nos posiciona para coisas maiores (“Aquele que se humilhar Eu o exaltarei.”). A humildade liga-nos a outras
pessoas. A humildade leva-nos a depender de Deus.
Devemos entender que
somos portadores de mudança. Devemos praticar a justiça. Que não se encontre
uma gota de descriminação nos nossos corações. Que vejamos as pessoas como Deus
as vê. Amemos a misericórdia, entendendo que devemos atuar com amor prático. E
vamos caminhar humildemente diante de Deus, dependendo totalmente d’Ele para
que as nossas vidas possam brilhar, e para que as nossas vidas possam apontar
para um Deus que as pessoas desejem também!
Sem comentários:
Enviar um comentário