PEDIR A DEUS

Não há mal nenhum, bem pelo contrário, em pedir a Deus que saia em nossa defesa. Estando sob ameaça, cercados por acusações, com inúmeros dedos apontados contra nós, é mais do que salutar escondermo-nos atrás d’Ele. O medo e o sentimento de insegurança por vezes são de tal ordem que nos julgamos impotentes para encarar sozinhos a injustiça. Há que admitir que nos sabe lindamente ter as costas quentes e a alma revigorada pelos Seus sussurros: “A tua salvação sou Eu!” Só Ele mesmo para nos sossegar e fazer frente a gente maldosa que sente prazer em prejudicar terceiros. Há, pois, que expor a Deus o desejo que este tipo de conduta seja por Ele desmascarado e desmontado. Não nos cansemos em rogar-Lhe que bata o pé à malta que se especializou em cavar fossos e em armar ciladas. Insistamos para que seja Ele a desbravar o caminho, de maneira que as zonas armadilhadas só possam ser pisadas pelos seus responsáveis. Não corramos riscos em ferir-nos com o chuveirinho de falsos testemunhos, murmurações e retribuições maquiavélicas com que nos brindam, pelo que toca a recorrer Àquele que se coloca ao lado dos frágeis e explorados. Deus quer o nosso bem estar, logo insistamos em dialogar com Ele, até quando nos parece que está ausente ou indiferente. Não nos afundemos em tristeza, optemos por partilhá-la com Deus. Falemos-Lhe dos arrepios que sentimos quando nos rangem os dentes para nos amedrontar e de como é duro aguentar o escárnio e a mentira. Na falta de forças ou capacidade para nos exprimir melhor, basta dizer-Lhe: “Resgata a minha vida. Defende a minha causa. Faz-me justiça.” Aí, a nossa perspetiva muda, acabando por dar conta que a Sua fidelidade é diária, logo, razão mais do que suficiente para vivermos a cantar o amor que nos tem!