Deus enviou as pragas, em resposta a uma pergunta de Faraó: “Quem é o Senhor?” (Êxodo 5:2). Deus queria que o Egipto soubesse que não existia Deus senão o Senhor. Deus queria destronar os deuses pagãos que o Egipto possuía, e também, através das pragas libertar o Seu povo. O objetivo do Senhor é proclamar o Seu nome em toda a Terra, porque o que acontecia no Egipto (o mundo da época) toda a Terra ficaria sabendo. Todas as pragas (excepto a dos primogénitos) tinham como objetivo envergonhar os falsos deuses.
A
praga das águas tornando-se em
sangue (Êxodo
7:19-25). O rio Nilo para os
egípcios era um deus. Achavam que as águas do Nilo eram abençoadoras e purificadoras.
Então Deus fez com que as águas se tornassem em sangue para destronar esse
deus.
A
praga das Rãs (Êxodo 8:1-15). Esta praga estava relacionada à deusa da fertilidade
que “atuava” na terra, na lavoura, nos animais. Para os egípcios, as rãs também
representavam deuses. Deus manifesta juízo sobre mais um deus estranho.
As
pragas dos piolhos, das moscas e das úlceras (Êxodo 8:16-19;
8:20-32; 9:8-12), estão
relacionadas à "mãe terra" que
era considerada uma divindade. Note que na praga dos piolhos, Arão estende a
vara e fere o pó da terra, e essa se torna em piolhos. Deus estava querendo
mostrar com isso que a Sua palavra de correção (vara) fere e destrói todos os
conceitos pagãos. Nota-se que até a praga das rãs, os magos também estavam
realizando os seus encantamentos, e faziam as mesmas coisas que Moisés e Arão.
Mas a partir das pragas do piolho a coisa foi diferente, eles reconheceram que
era o dedo de Deus, ou seja, Deus só deixa satanás agir até onde ele quiser.
Note que o diabo é um imitador das coisas de Deus, mas a última palavra é do
Senhor.
A
praga dos animais (Êxodo 9:1-12). Os egípcios também adoravam os animais, os touros,
as vacas para eles eram sagradas. Eles criam que esses animais eram protetores
do Egipto. Quando Deus enviou essa praga sobre os animais, não foi com o objetivo
de punir os animais, mas para mostrar que os animais não eram deuses, e muito
menos proteger o Egipto. Logo, mais um conceito pagão foi destruído.
As
pragas da saraiva. E dos
gafanhotos (Êxodo 9:22-35; 10:12-20). Estavam relacionadas com a deusa da agricultura. Na
praga dos gafanhotos no vs. 12,
fica bem claro quando o Senhor diz: "Estende
a tua vara sobre a terra do Egipto para
que os gafanhotos venham, e comam toda a erva da terra, tudo o que deixou a
saraiva." Nota-se que a ira de Deus foi tão implacável sobre a deusa
pagã da agricultura, que Deus manifestou juízo contra ela duas vezes. Primeiro
a saraiva, que não destruiu a plantação toda, e depois vieram os gafanhotos e
destruíram toda erva da terra, e todos os frutos das árvores. Porque quando
veio a saraiva, eles pensaram: "Nossa
deusa é forte, olha quantas árvores com frutos e ervas pra nos alimentarmos.
Com certeza ninguém pode resistir a nossa deusa da agricultura". Logo,
Deus destruiu totalmente as plantações e com isso a falsa divindade.
A
praga das trevas (Êxodo 10:21-29). O povo também adorava o deus Rá, que era o deus
sol. Deus fez com que o sol desaparecesse, e houve três dias de trevas. Mais
uma vez o nome de Deus glorificado diante dos falsos deuses.
A
praga da morte dos primogénitos
(Êxodo
12:29-36). Israel era para Deus o
Seu primogénito, Seu primeiro povo, povo escolhido por Ele para exercer o Seu
sacerdócio aqui na Terra. Faraó estava afligindo o povo de Deus, o Seu primogénito
(Êxodo
4:22). Então Deus tocou nos
primogénitos dos egípcios inclusive no de Faraó, para mostrar o quanto aquele
povo era importante pra Deus. O Senhor queria mostrar para Faraó que aquele
povo era a menina dos Seus olhos, e que quaisquer que se levantasse contra eles
padeceriam.
Em todas essas manifestações de juízo aos deuses
pagãos, vemos claramente as manifestações das misericórdias para com o Seu
povo. Quando observamos que de tudo que sobreveio aos egípcios, Deus guardou o
Seu povo.
Desde a primeira praga até à última. Isso nos mostra o
quanto é importante estarmos guardados no esconderijo do Altíssimo. Se em nossa
vida tiver o sinal do Sangue do Cordeiro, o anjo da morte passará e não nos
tocará. Com isso fica bem claro que, o que sucede ao ímpio, não sucede ao
justo.
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