terça-feira, 20 de junho de 2023

O NOSSO CORAÇÃO (Parte 2)

     Três testes para um coração saudável: A nossa fala, o nosso foco, os nossos pensamentos e as nossas escolhas.

Eles agem como luzes de alerta no nosso monitor cardíaco espiritual.

O primeiro deles, a nossa fala, talvez seja o sinal mais fácil de ler. Jesus disse: “... a boca fala do que o coração está cheio …” (Mateus 12:34), e o Apóstolo Paulo escreveu que, “Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação.” (Romanos 10:10).

Os nossos corações e a nossa fala inseparáveis. As nossas palavras podem nos absolver ou condenar, curar ou ferir.

Mentira, murmuração e palavrões não são apenas pecados, são indicadores de um problema cardíaco espiritual!

Temos tendência a exagerar ou distorcer a verdade para parecer melhor?

A nossa linguagem é limpa ou impura? Acreditamos em uma coisa, mas dizemos outra?

 

Em segundo lugar, o nosso foco.

A era da informação em que vivemos é um mundo de distração.

Olhamos para nossos dispositivos portáteis em vez de olhar para onde estamos indo. Os écrans dos dispositivos eletrónicos   competem pela nossa atenção, até que olhamos - mas não conseguimos ver.

Somos inundados de informações. Atualizações de notícias, desastres globais, desafios locais e opiniões pessoais. Estamos aqui – mas não totalmente presentes.

O nosso “monitor de saúde cardíaca” espiritual no nosso painel de controle da vida está piscando e apitando – mas muitas vezes estamos distraídos demais para perceber. Se queremos evitar um acidente inevitável - precisamos aprender a nos concentrar.

Precisamos  de parar de nos focarmos naquilo que é temporal, que nos traz tanta ansiedade, e começar a focar-nos no que é eterno, que nos trará paz (“Não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas coisas que se não veem; porque as que veem são temporais, e as que se não veem são eternas.” 2Coríntios 4:18).

Em terceiro lugar, os nossos pensamentos.

 Destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo.” 2Coríntios 10:5

O que dizem os nossos pensamentos sobre a saúde do nosso coração?

Se estamos lutando contra pensamentos negativos, ansiosos ou imorais, o que estamos fazendo a respeito disso?

 

 

O quarto e último indicador são nossas escolhas.

Sabemos que a saúde espiritual do nosso coração é ruim quando fazemos escolhas erradas.

 Pondera a vereda de teus pés, e todos os teus caminhos sejam bem ordenados! Não declines nem para a direita nem para a esquerda; retira o teu pé do mal.” Provérbios 4:26,27).

É um conselho simples, mas vital. As nossas escolhas diárias e nossos passos intencionais nos mantêm no caminho certo.

Um coração natural tem quatro câmaras. Duas câmaras menores (os átrios) que recebem sangue e duas câmaras maiores (os ventrículos) que fornecem sangue.

O coração recebe sangue oxigenado dos pulmões e o distribui para o corpo. Em seguida, recebe sangue desoxigenado do corpo e o entrega aos pulmões. Tudo o que um coração faz é receber e dar. É o ritmo da vida.

Esta é uma imagem maravilhosa do nosso coração espiritual. Jesus resumiu o ministério do reino dizendo: “…de graça recebestes; de graça dai…” (Mateus 10:8). Tudo o que devemos fazer é receber e dar.

Num coração natural, a direção do fluxo é importante – não queremos que o sangue flua na direção errada. É o mesmo com um coração espiritual.

Então, o que é que flui do teu coração?

Como reages às críticas? Consegues perdoar? Louvas a Deus apesar das dificuldades?

Num coração natural, um fluxo sanguíneo desimpedido é essencial, e quando há obstruções isso é um problema. Existem vários bloqueios cardíacos – todos eles graves – alguns desastrosos.

          Estes bloqueios espirituais do coração decorrem de uma falha em entender a misericórdia e a graça de Deus. A Sua misericórdia não nos dá o que merecemos, e a Sua graça nos dá o que não merecemos.

 

Aceitamos que merecemos julgamento e não misericórdia?

Entendemos que podemos dar graça porque nos foi concedida graça?

Reconhecemos que Deus sempre merece o nosso louvor?

 

 

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