sexta-feira, 13 de junho de 2014

CICATRIZES

Na Odisseia (um dos dois principais poemas épicos da Grécia Antiga), quando Odisseu (Ulisses para os romanos) regressa a casa disfarçado de mendigo, a sua família não o reconhece. Depois de algum tempo, a sua ama de infância vê nele uma cicatriz e reconhece-o e lembra-se. Até esse momento, nem mesmo ela o reconhecia. Quando Tomé ouviu que o Senhor Jesus estava vivo, disse: “Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos…de maneira nenhuma o crerei.” (João 20:25). As cicatrizes de Jesus eram a prova de que Ele tinha sido crucificado e tinha ressuscitado. Quando Tomé as viu com os seus próprios olhos, respondeu: “Senhor meu, e Deus meu!” (João 20:28). É a primeira vez que a Escritura regista um discípulo a dirigir-se directamente ao Senhor Jesus como Deus, e isto foi a reacção às Suas cicatrizes.
Alguém contou sobre um amigo: “Tenho um amigo que passou a sua vida num orfanato. A sua mãe levou-o lá quando ele era um rapazinho, deixou-o debaixo de uma grande árvore, e disse-lhe que voltaria nessa tarde para vir buscá-lo…mas não voltou. Ele agora já é um homem de meia-idade. Um dia, eu tinha combinado encontrar-me com ele e atrasei-me. Encontrei-o agitado, irrequieto, a transpirar e visivelmente perturbado. Mais tarde ele disse-me: “Não consigo evitar. Descontrolo-me quando um amigo se atrasa, porque a minha mãe me deixou à espera…e nunca voltou.”
Ele já era um homem adulto…mas ainda tinha cicatrizes. Todos temos cicatrizes, algumas visíveis, outras menos visíveis.  

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