segunda-feira, 21 de setembro de 2015

AMOR DURO

A compreensão, quando é mal gerida, é perigosa porque faz a pessoa ter pena de si própria, mas não fazer nada para mudar as coisas. Cava um buraco mais fundo, pelo que a pessoa fica com menos hipóteses de sair e cria um sentimento de desamparo, garantindo que a pessoa se sinta ainda mais sem esperança.
Por vezes um "amor duro" é o que é preciso. Apesar de Jesus sentir compaixão pelas pessoas em sofrimento, nunca sentiu pena delas. Sempre que possível, ajudou-as a ajudarem-se a si próprias. Antes de trabalhar para o seu benefício, a maior parte da vezes pediu-lhes para fazerem alguma coisa. E às vezes, as Suas instruções pareciam radicais. Por exemplo "Levanta-te, toma a tua cama, e vai para tua casa." (Mateus 9:6); "A tua filha está morta, para que enfadas mais o Mestre. E Jesus, tendo ouvido estas palavras, disse ao principal da sinagoga: Não temas, crê somente." (Marcos 5:35,36); "Tendo dito isto, cuspiu na terra, e com saliva fez lodo, e untou com o lodo os olhos do cego, e disse-lhe: Vai, lava-te no tanque Siloé..." (João 9:6,7).
Como podia um homem aleijado levantar-se, pegar na sua cama e andar? Como podia um homem saber a notícia da morte da sua filha e ficar calmo? Como podia um homem cego ver para chegar a um certo tanque de água? Em vez de sentir pena das pessoas, Jesus fê-las agir. Ele ajudou-as a libertar as suas mentes dos problemas, e motivou-as a fazer alguma coisa para os resolverem. Por vezes, sentimos que estamos a ser desagradáveis quando confrontamos as pessoas que têm problemas, quando na realidade um "amor duro" é o que elas precisam!

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