A Bíblia usa a analogia do pastor, do
lobo e das ovelhas para descrever a dinâmica da vida de uma igreja (Mateus 7:15;
10:16; João 10:12; Actos 20.29).
Mas afinal que analogia pretende a Bíblia
fazer com a introdução deste predador na dinâmica da Igreja? Pretende alertar Pastores
e ovelhas para a existência de um tipo de pessoas que procuram uma coisa
apenas: A sua própria alimentação e sobrevivência.
Um lobo não tem preocupações com o
rebanho, mas sim e apenas com ele, e a sua subsistência. Um lobo luta pela
vitória da sua razão, e à custa do sacrifício do rebanho, pois o mais
importante para ele é o seu bem-estar, a sua imagem, as suas razões, nunca o
rebanho. Mas a Bíblia diz: “…cada um considere os outros superiores a si
mesmo.” (Filipenses 2:3) ou “Então, enquanto temos tempo,
façamos o bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé.” (Gálatas 6:10)
Um lobo não é quem discorda do pastor,
quem argumenta com ele, quem a ele pede uma explicação. Um lobo é quem ataca os
fracos, débeis, que andam inseguros e tremidos na sua fé, é a estes que se
junta, de quem se aproxima furtivamente.
Um lobo ataca os isolados, os que andam
desligados do rebanho, pois, como qualquer bom predador, sabe que quem anda
desligado mais facilmente será sua presa. Mas a Bíblia diz: “Sede sóbrios;
vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em redor, bramando como leão,
buscando a quem possa tragar.” (1Pedro 5:8)
Um lobo não enfrenta os fortes, um lobo não
enfrenta o pastor, um lobo não se anuncia a si próprio, age na sombra, na
penumbra, isolando os fracos, que por motivos diversos andam desanimados,
enfraquecidos ou até confusos e, no momento certo, disfere o seu ataque mortal,
aproxima-se de quem anda desligado, seduz, engana e, desfere o seu ataque letal
de novo.
Quem é claro, transparente, visível,
audível e mesmo por vezes discordando, não é um lobo.
A Bíblia diz: “Meus filhinhos não
amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade.” (1João 3:18)
Um lobo age na escuridão, camuflado
(pele de ovelha), evita a presença dos mais fortes e saudáveis, pois sabe que
aí, as suas hipóteses diminuem drasticamente.
Devemos focar-nos nas ovelhas, mas andar
atento aos lobos. Ovelha trata-se com amor e tolerância, ovelha erra, desanima,
cai, levanta-se, desorienta-se, etc.
Um lobo, para bem do rebanho, não deve
ser tratado com tolerância, mas com firmeza, tenacidade, coragem, sem medo e de
peito feito. Humilde para com as ovelhas, de joelhos por elas, mas de pé diante
de um lobo…sempre! A Bíblia diz: “Sujeitai-vos pois a Deus, resisti ao diabo, e
ele fugirá de vós.” (1Pedro 4:7).
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