segunda-feira, 27 de julho de 2009

DESERTO (parte 2)

2. NO DESERTO ADQUIRIMOS CAPACIDADE ESPIRITUAL

No deserto pessoal, capacitamo-nos para resolver problemas mais ou menos semelhantes aos que satanás apresentou ao Senhor Jesus.

As tentações querem fazer com que usemos a nossa vida para os nossos próprios propósitos. Quando somos tentados, somos a forçados a nos comprometermos unicamente com as nossas metas. Além disso, as situações tentadoras da vida querem até mesmo nos impedir de examinar e reavaliar os nossos propósitos.

Esta é a tónica deste mundo materialista em que vivemos. O "curso deste mundo" quer nos fazer pensar de modo exagerado somente na nossa posição, na nossa comida, na nossa roupa, nos nossos bens, no nosso próprio egoísmo. Mas, é no deserto que recebemos a virtude do Espírito Santo para percebermos que somente seremos realizados de facto se tivermos os mesmos propósitos do Senhor Jesus: Servir a vontade de Deus e ao Seu reino!

Quando estamos no deserto, Deus revela-nos que as tentações são um exercício necessário para a maturidade emocional e espiritual. Somente tem uma vida de vitória quem tem a esperança em Deus. Para quem entende o significado espiritual dos desertos a que estamos sujeitos a esperança jamais se extingue. Por isso mesmo tal pessoa jamais estará totalmente livre dos desertos. Eles fazem parte do processo de conquista da esperança (Romanos 5:3-5).

3. NO DESERTO NOS FIRMAMOS NA CHAMADA de DEUS

Quando estamos no deserto a força das circunstâncias leva-nos a renovarmos a nossa vida. Assim, o deserto que a princípio seria uma lugar de exaustão e queda, passa a ser um ambiente onde o verdadeiro sentido da vida é valorizado. Dessa forma, reconhecemos a nossa identidade como filhos de Deus. Com dois ataques, satanás quis criar uma crise de consciência no Senhor Jesus a partir da conjunção "se", a motivadora de tantas dúvidas: "Se tu és o Filho de Deus..."; "Se Tu és Filho de Deus...". Como o Senhor Jesus, devemos ter bem nítido a verdade de que somos filhos de Deus, em quem o Pai tem muito prazer. O Espírito que impeliu o Salvador no deserto é o mesmo que "...testifica com o nosso espírito que nós somos filhos de Deus." (Romanos 8:16).

O resultado desse testemunho do Consolador é que a consciência profunda de sermos filhos leva-nos a render o nosso ser à vocação que o Senhor nos tem dado. No deserto pessoal, a convicção do motivo da nossa chamada para o Reino de Deus se torna vivo no nosso coração. Daí, louvamos a Deus sabendo que as crises nos dirigem a firmarmos a chamada de Deus para a nossa vida (Romanos 8:28).

Quando assim fazemos, derrotamos satanás como o Senhor Jesus o fez, isto é, usando a Palavra da Verdade. No deserto pessoal aprendemos a silenciar satanás com a Espada do Espírito. Esta é a forma de nós, seguidores de Cristo, afugentarmos o enganador: "Está escrito!". É a nossa segurança!

"E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e a palavra do seu testemunho." (Apocalipse 12:11)
(fim)

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