sexta-feira, 9 de outubro de 2009

CRISTO COMO GRAÇA

A maioria de nós possui um entendimento bastante superficial a respeito da graça. Muitos consideram que a graça é apenas um favor não merecido, algo dado a nós pelo Senhor gratuitamente tal como o perdão, a justificação, etc.
Cristo não veio apenas fazer algo por nós objectivamente, isto é, trazer coisas boas de Deus para nos dar de maneira gratuita.
O propósito da obra de Cristo é que Ele mesmo pudesse vir para dentro de nós a fim de podermos desfrutá-Lo como a nossa vida, o nosso suprimento de vida, a nossa força e O nosso tudo. Isso é graça!
Um bom exemplo de graça está no capítulo doze da 2ª epístola de Paulo aos Coríntios. Nos versículos 7 a 9, Paulo disse: "E, para que não me exaltasse pelas excelências das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de satanás para me esbofetear, a fim de me não exaltar. Acerca do qual três vezes orei ao Senhor para que se desviasse de mim. E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade pois me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo."
Podemos pensar que se o espinho fosse tirado aquilo seria de facto uma graça. Mas não é isso que se passou. A graça que Paulo experimentou estava relacionada a um espinho na carne que o atribulava e o esbofeteava todo o tempo. O Senhor não queria tirar o espinho mas disse a Paulo que a Sua graça era suficiente. Se estivessemos no lugar de Paulo poderíamos ter argumentado: "Senhor, se a tua graça é suficiente, então, tem de ser suficiente para tirar o espinho." Entretanto, se o espinho fosse tirado, Paulo jamais poderia provar quão suficiente é essa graça. A graça aqui mencionada não é algo feito pelo Senhor. É simplesmente o próprio Senhor dentro de nós, sustentado e fortalecendo-nos para enfrentarmos os problemas e resolvermos as situações. Essa é a graça viva, uma graça real.
O pensamento divino é muito diferente do nosso. Nós esperamos que certas coisas possam ser realizadas pelo Senhor por meio da "Sua graça". Mas, por fim, nada é feito. Nada é realizado. Nosso ambiente e situação não mudam. Dizemos a nós mesmos que estamos absolutamente desapontados o suficiente. Precisamos estar ainda mais desiludidos até que aprendamos a depender da graça do Senhor.

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