segunda-feira, 31 de agosto de 2009

MORRER É A NOSSA OBRA

Em 2Coríntios 4:11,12, Paulo na fala da sua obra. Ele não se refere ao que tem feito ou realizado. Antes, ele fala de uma vida, ou de um tipo de vida vivida por ele e seus cooperadores. A sua vida era o seu ministério.

Ao considerar o registo da vida do Senhor Jesus na Terra, vemos que a ênfase também não está na obra. Os quatro Evangelhos não enfatizam o que o Senhor fez, que obra Ele cumpriu. Não podemos negar que os Evangelhos descrevem a obra do Senhor. Entretanto, se os lermos cuidadosamente, veremos que a ênfase está na vida, não na obra. Quantas mais e maiores obras o Senhor poderia ter feito se essa fosse a Sua intenção! Os Evangelhos definitivamente mostram mais da vida do Senhor do que a Sua obra. Não foi uma importante obra que qualificou o Senhor Jesus a ser o Redentor. O que o qualificou foi a vida que Ele viveu. É crucial percebermos isso.

Essa questão da prioridade da vida sobre a obra é um aspecto importante a observar. Muitos ainda dão demasiada importância à obra. Inconscientemente o nosso interesse está relacionado com a obra do Senhor. Alguns, por exemplo, talvez aspirem a ser um grande evangelista. O pensamento de realizar uma grande obra pode estar ainda no nosso coração, no nosso subconsciente. Precisamos de deixar de lado esse pensamento. Deus não dá muita importância às obras. Muitos dos danos entre os cristãos têm sido resultado da obra humana. Quanto mais tentarmos fazer obra para o Senhor, mais problemas criaremos e mais dano causaremos.

A obra dos Apóstolos era uma obra de morte operando neles. O resultado dessa operação de morte é maravilhoso, é vida nos outros (2Coríntios 4:12). Essa é a obra real da Nova Aliança!

Nós precisamos de "morrer" para que a vida possa operar nos outros. Assim, "morrer" é a nossa obra. O Senhor não precisa de nós para realizar uma obra para Ele. Ele precisa de nós para "morrer". Se "morrermos", a vida operará nos outros. Nós ministramos aos outros a vida pelo "morrer". Portanto a nossa obra é sermos postos para "morrer".

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